Kit chega a custar R$ 1.820; testes de câncer também estão suspensos.
Secretaria diz que falta material, mas orienta paciente a esperar compra.
Secretaria diz que falta material, mas orienta paciente a esperar compra.
Famílias de pacientes com pedra na vesícula internados no Hospital Regional de Taguatinga afirmam que foram orientadas por médicos da instituição a comprar material de exame endoscópico em falta na rede pública do Distrito Federal. O custo do material chega a R$ 1.820. Dois testes para diagnosticar câncer também estão suspensos.
O hospital disse que por se tratar de um problema em todas as regionais do DF apenas a Secretaria de Saúde se manifestaria sobre o assunto. A pasta confirmou ao G1 a falta de material para o exame, mas afirmou que os pacientes são orientados a aguardar a chegada dos kits para a realização do exame.
Segundo a secretaria, o exame endoscópico usado para desobstruir o canal biliar e auxiliar a extração de pedras em vesículas está suspenso há três meses. Os testes para diagnosticar câncer estão em falta há cerca de 20 dias, segundo a secretaria. O órgão disse ainda que há processos de compra em andamento para que os exames possam ser retomados.
No entanto, pacientes disseram que preferiam pagar a esperar a chegada de material. "Eu sentia muita dor e vomitava muito", disse uma paciente com pedra na vesícula ouvida pelo G1. Ela afirmou que foi avisada pelo médico, oito dias após ser internada, que o exame era necessário para a realização de cirurgia e não poderia ser realizado devido à falta de material.
A mulher afirma que foi orientada a adquirir o material, que custou R$ 950. O marido dela falou que vai acionar o Ministério Público para ter de volta o dinheiro gasto na compra. Ele guardou a nota fiscal
O hospital disse que por se tratar de um problema em todas as regionais do DF apenas a Secretaria de Saúde se manifestaria sobre o assunto. A pasta confirmou ao G1 a falta de material para o exame, mas afirmou que os pacientes são orientados a aguardar a chegada dos kits para a realização do exame.
Segundo a secretaria, o exame endoscópico usado para desobstruir o canal biliar e auxiliar a extração de pedras em vesículas está suspenso há três meses. Os testes para diagnosticar câncer estão em falta há cerca de 20 dias, segundo a secretaria. O órgão disse ainda que há processos de compra em andamento para que os exames possam ser retomados.
No entanto, pacientes disseram que preferiam pagar a esperar a chegada de material. "Eu sentia muita dor e vomitava muito", disse uma paciente com pedra na vesícula ouvida pelo G1. Ela afirmou que foi avisada pelo médico, oito dias após ser internada, que o exame era necessário para a realização de cirurgia e não poderia ser realizado devido à falta de material.
A mulher afirma que foi orientada a adquirir o material, que custou R$ 950. O marido dela falou que vai acionar o Ministério Público para ter de volta o dinheiro gasto na compra. Ele guardou a nota fiscal
Antes, ele disse que procurou a Defensoria Pública para conseguir gratuitamente o material, mas ouviu do órgão que o pedido não poderia ser atendido porque no atestado dado pelo médico constava que a mulher estava em "estado gravíssimo" e não em "risco de morte". De volta ao hospital, ele teria procurado o médico, que se recusou a alterar o atestado. A Defensoria afirmou que não tem registro do pedido.
A filha de outro paciente que precisou realizar o exame disse ao G1 que pagou R$ 1.820 pelo material de exame. Ela diz que o hospital só faz o procedimento duas vezes na semana e que, para marcá-lo, exige que a família tenha o equipamento em mãos.
Ela afirma que ainda teve que pagar R$ 180 para que o pai fizesse dois exames usados para o diagnóstico de câncer que estão em falta na rede pública do DF. "Demora tanto e a gente vê a pessoa sentindo dor, então a gente opta por pagar", diz.
‘Vaquinha’
Desempregada desde 2007, Angélica Menezes diz que não tem condições de comprar o material e que, por isso, não tem previsão para ser liberada do hospital. Ela conta que foi operada no último dia 28 para a extração da vesícula, que tinha 30 pedras, mas voltou para a unidade após dois dias, com novas dores. Os médicos teriam descoberto uma nova pedra no canal biliar e dito que o exame poderia ajudar a expeli-la.
Ela declarou que um médico chegou a afirmar que famílias estavam comprando o material em falta na rede pública, mas que achava antiético sugerir isso aos pacientes. Também desempregado, o marido de Angélica, Zaqueu Miranda, disse que vai fazer uma “vaquinha” entre amigos e parentes para tentar pagar o material. Ele entregou ao G1 cópia do relatório que levou à Defensoria Pública na última terça-feira (9).
O órgão disse que entrou ainda na terça-feira com um mandado de segurança solicitando a “imediata execução” do exame de Angélica. O caso aguarda decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal.
A filha de outro paciente que precisou realizar o exame disse ao G1 que pagou R$ 1.820 pelo material de exame. Ela diz que o hospital só faz o procedimento duas vezes na semana e que, para marcá-lo, exige que a família tenha o equipamento em mãos.
Ela afirma que ainda teve que pagar R$ 180 para que o pai fizesse dois exames usados para o diagnóstico de câncer que estão em falta na rede pública do DF. "Demora tanto e a gente vê a pessoa sentindo dor, então a gente opta por pagar", diz.
‘Vaquinha’
Desempregada desde 2007, Angélica Menezes diz que não tem condições de comprar o material e que, por isso, não tem previsão para ser liberada do hospital. Ela conta que foi operada no último dia 28 para a extração da vesícula, que tinha 30 pedras, mas voltou para a unidade após dois dias, com novas dores. Os médicos teriam descoberto uma nova pedra no canal biliar e dito que o exame poderia ajudar a expeli-la.
Ela declarou que um médico chegou a afirmar que famílias estavam comprando o material em falta na rede pública, mas que achava antiético sugerir isso aos pacientes. Também desempregado, o marido de Angélica, Zaqueu Miranda, disse que vai fazer uma “vaquinha” entre amigos e parentes para tentar pagar o material. Ele entregou ao G1 cópia do relatório que levou à Defensoria Pública na última terça-feira (9).
O órgão disse que entrou ainda na terça-feira com um mandado de segurança solicitando a “imediata execução” do exame de Angélica. O caso aguarda decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal.
Fonte: G1 - Notícias
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