domingo, janeiro 15, 2012

Superfaturamento em compra do Pan pagaria 300 casas populares

A abertura de uma sindicância para investigar indícios de superfaturamento na compra de equipamentos de segurança nos Jogos Pan-Americanos de 2007 trouxe à tona dados estarrecedores: segundo o Ministério Público Federal (MPF), um lote de produtos que deveria custar R$ 22 milhões foi comprado por R$ 40 milhões, uma diferença de 78% nos valores.

Com a diferença de R$ 18 milhões, seria possível construir 300 casas populares nos moldes das que serão construídas para os desabrigados da Região Serrana, que custam R$ 60 mil, em média.

A sindicância parte do próprio Ministério da Justiça, que fez parte do contrato com o Consórcio Integração Pan na época do evento, realizado no Rio de Janeiro. O principal suspeito é o delegado Luiz Fernando Corrêa, diretor-geral da Polícia Federal em 2007. Os contratos superfaturados teriam sido assinados pelo próprio Corrêa, que é o atual diretor de Segurança do comitê organizador da Rio-2016.

Outro envolvido no escândalo é Odécio Rodrigues Carneiro, que também é funcionário da Polícia Federal. Sob ele, recai a acusação de ter realizado uma contratação sem licitação durante o Pan. Posteriormente, Odécio foi exonerado do cargo na Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos.

Aposentado, Luiz Fernando Corrêa anunciou que só vai se pronunciar quando for notificado da ação do Ministério Público, o que ainda não aconteceu. A Controladoria-Geral da União ainda não recebeu a decisão do Ministério da Justiça.(com informações do JB)

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