PSDB lança núcleo sindical com críticas ao PT e CUT
O PSDB lançou sua investida contra uma das bases sociais do PT no primeiro congresso sindical do partido, batizado de "Congresso Nacional de Lideranças Sindicais". No evento, realizado nesta sexta-feira em São Paulo. a legenda teceu críticas ao que chamou de "aparelhamento do movimento sindical" pelos petistas e pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), maior central do país e que é ligada ao PT.
"Não queremos sindicatos a serviço de um partido político ou projeto de poder, como ocorre na relação da CUT com o PT", afirmou o senador Aécio Neves (MG), pré-candidato do partido à Presidência em 2014.
O partido oficializou a escolha de Antonio de Souza Ramalho como secretário nacional de Relações Sindicais -nova secretaria da legenda. Ramalho é vice-presidente da Força Sindical e presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de São Paulo (Sintracon).
Para o presidente nacional da legenda, deputado Sérgio Guerra (PE), "não temos nem tivemos a ideia de instrumentalizar sindicatos. Somos um partido que vai dar vez e voz aos trabalhadores", disse o presidente nacional da legenda, o deputado Sérgio Guerra (PE).
Na opinião do presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Barroz Munhoz, o partido sempre teve aproximação com a classe trabalhadora, ou não teria ganhado nenhuma eleição. "Com os sindicatos e as centrais, realmente nos distanciamos e precisamos nos reaproximar", avaliou.
O ex-governador José Serra, pré-candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, convocou os sindicalistas tucanos a se mobilizarem para a eleição. "O núcleo sindical precisa fazer um encontro para discutir propostas para as cidades", afirmou.
Já o atual governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, foi por outra linha e reforçou o discurso de que a social-democracia necessita da organização da sociedade e dos trabalhadores. "O trabalho deve ter prioridade sobre o capital, e não o capital se sobrepor ao trabalho", discursou. Alckmin foi o único governador a comparecer ao evento -os outros sete governadores tucanos não estiveram presentes, assim como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
No discurso dos líderes sindicais no evento, eram recorrentes as críticas à campanha da CUT para acabar com o imposto sindical obrigatório - proposta rejeitada pelas outras centrais.
Segundo Antonio Ramalho, o grupo nasce com cerca de dois mil dirigentes de sindicatos filiados ao partido e com representantes na Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT) e Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).(Valor)
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