segunda-feira, abril 22, 2013

"Vale do Aço" não consegue contratar profissionais para substituir jornalistas mortos


"Vale do Aço" não consegue contratar profissionais para substituir jornalistas mortos



O jornal Vale do Aço, em que o repórter Rodrigo Neto e o fotojornalista Walgney Carvalho trabalhavam na editoria de polícia antes de serem executados nos dias 8 de março e 14 de abril, respectivamente, não conseguiu até o momento contratar substitutos para as vagas. 

“As pessoas estão um pouco amedrontadas, afinal foram dois jornalistas assassinados em pouco tempo”, diz o diretor da publicação, Breno Brandão.

Segundo o G1, uma jornalista, que preferiu não se identificar, foi convidada para comandar a editoria de polícia, mas não quis aceitar a proposta. “A maré não está pra peixe. Quando fui convidada para trabalhar no jornal, somente tinha acontecido o assassinato do Rodrigo Neto, e mesmo assim fiquei com medo de assumir essa responsabilidade. Agora, com a morte de Carvalho, eu tenho certeza que fiz a escolha certa em não trabalhar na editoria policial no Vale do Aço”, afirmou.

Outros dois profissionais, que trabalhavam diretamente com reportagens na área polícia na região, também se afastaram do cargo. “Infelizmente hoje o medo impera na região. Não podemos falar nada, nem omitir nossas opiniões, que já somos censurados. Optei por me afastar, mesmo que temporariamente para esperar a poeira baixar”, comentou outro profissional, sob anonimato.


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