BC intervém no mercado, mas dólar sobe a R$2,14, maior nível em 4 anos
O dólar voltou a registrar forte alta nesta sexta-feira, chegando ao patamar de 2,14 reais, o maior em quatro anos e apesar da atuação do Banco Central, com investidores diante da possibilidade de um cenário de menor liquidez internacional.
Segundo analistas, a ação do BC --que fez duas pesquisas de demanda, sendo uma após o fechamento, e um leilão de swap cambial tradicional no dia-- visou frear o movimento especulativo impulsionado pela formação da Ptax, mas ainda é cedo para entender qual seria um eventual novo teto para a divisa norte-americana.
O dólar subiu 1,36 por cento, cotado a 2,1424 reais na venda, maior patamar desde 5 de maio de 2009, quando fechou a 2,149 reais diante da profunda crise financeira que assolava o mundo naquele momento.
No mês, a moeda norte-americana acumulou valorização de 7,04 por cento frente ao real. Foi a maior alta mensal desde setembro de 2011, quando o ganho ficou em 18,15 por cento.
Segundo a BM&F, o giro ficou em torno de 1,5 bilhão de dólares nesta sessão.
"A tendência mundial é de valorização do dólar, só que tudo tem um teto. Então, o mercado está testando", disse o operador de câmbio da Advanced Reginaldo Siaca.
Os mercados mundiais estão reagindo à possibilidade de o Federal Reserve, banco central norte-americano, reduzir em breve seu estímulo monetário diante dos sinais de recuperação da maior economia do mundo. Caso tomada, essa decisão limitaria a oferta de dólares nos mercados mundiais, pressionando para cima as cotações da divisa dos Estados Unidos.
Nesta sexta-feira, essa avaliação ganhou força com a divulgação de que a confiança do consumidor norte-americano chegou ao maior nível em quase 6 anos.
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