Joaquim Barbosa se irrita com repórter por pergunta sobre viagens
Visivelmente irritado, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, recusou-se a responder uma pergunta feita por uma jornalista sobre o uso de passagens áreas pagas pelo Judiciário durante férias e licenças médicas de ministros. O caso aconteceu nessa segunda, 20, após palestra para universitários em Brasília.
“Não quero falar sobre este assunto. Eu não li a matéria. Essa matéria é do seu conhecimento. Não é do meu...”, foi incisivo Barbosa. O ministro se referiu à matéria do Estadão, que fez levantamento com base em dados oficiais divulgados pelo site do STF, por determinação da Lei de Acesso à Informação.
Segundo reportagem assinada por Eduardo Bresciani e Mariângela Galluci, de 2009 a 2012, ministros do Supremo e suas mulheres usaram R$ 2,2 milhões com passagens aéreas, inclusive durante o período de férias do Judiciário, conhecido como recesso forense. A maior parte foi usada para voos internacionais: R$ 1,5 milhão. Especificamente na época de folga, foram destinados R$ 259,9 mil a viagens pelo Brasil e para o exterior.
Do montante, R$ 608 mil foram usados para comprar bilhetes para esposas de cinco ministros: Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski - ainda integrantes do STF -, além de Carlos Ayres Britto, Cezar Peluso e Eros Grau. As mulheres fizeram 39 viagens, sendo 31 para o exterior, incluindo países como Itália, França, Rússia e Estados Unidos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário