O currículo do novo ministro e extenso em matéria de experiência e sobressaltos. Ricardo Berzoini está entre aqueles petistas que não se assustam com pouco. Nem dão facilmente a cara a tapa. Ex-ministro de Lula na Previdência e no Trabalho, e ex-presidente do PT de 2007 a 2010, costuma se sentar e se levantar da cadeira que lhe indicam, disciplinadamente, sem titubear - homem de partido que é. ...
Foi assim que Berzoini deixou o ministério para voltar à Câmara, porque era preciso dar combate aos adversários – e era o que Lula queria. E de lá, virou presidente do PT, em momento crítico e crucial para sua corrente no partido. Elegeu-se em segundo turno e o conteve o racha na legenda. Também voltou tranquilamente “à planície” – ao posto de simples deputado federal, mas com honrosa votação.
Bombeiro de todas as horas, enfrentou ele mesmo incêndios antológicos, como a crise das filas e do recadastramento de aposentados do INSS, que lhe renderam o “Troféu Berzoini da Maldade” – prêmio criado pelo então senador pernambucano José Jorge, que sempre manteve o raro dom de fazer oposição com bom humor.
Engoliu por tabela e em silêncio o título de “aloprado” – adjetivo pespegado pelo próprio Lula à turma que levou à lona a Aloizio Mercadante, ao forjar um dossiê para complicar adversários tucanos.
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