sexta-feira, abril 25, 2008
Governo não é tolerante com movimentos sociais, diz Genro
O ministro da Justiça, Tarso Genro, disse nesta quinta-feira (24) que o governo federal não é tolerante com movimentos sociais que protagonizam invasões de propriedades e prédios públicos no país.
Ao comentar as críticas do novo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, a movimentos sociais que, segundo ele, às vezes atuam “na fronteira da legalidade”, o ministro disse que o governo tem tratamento igualitário para todos, tratando “com o mesmo respeito, com a mesma força legal” grandes fazendeiros, empresários ou o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
“O Estado tem o mesmo tratamento para qualquer movimento social, seja de empresário, seja de trabalhador, seja dos setores médios”, complementou o ministro.
Nesta quinta, Gilmar Mendes voltou a condenar movimentos sociais que invadem propriedades no país. Sem citar especificamente nenhuma entidade, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o ministro disse que o juiz “não deve ter dúvidas” e “mandar desobstruir” locais invadidos. Outras críticas tinham sido feitos na véspera, no discurso de posse.
“Se alguém invade um prédio público, fez algo indevido. Se isso esteve em algum momento no quadro da normalidade é porque incorporamos o patológico na nossa mente”, declarou Mendes, em sua primeira entrevista coletiva à frente do STF, na manhã desta quinta.
Raposa
O ministro da Justiça também comentou a situação dos agentes da Polícia Federal (PF) que estão concentrados em Roraima por causa da operação para retirada da população não-indígena da reserva Raposa/Serra do Sol.
Em documento divulgado pela Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), os agentes afirmam que vivem um "inferno" em Roraima com a "falta de planejamento e infra-estrutura básica para suportar o trabalho na região".
O ministro admitiu que os policiais estão numa situação “bastante difícil”. Mas ressaltou que não há “crise”. “O que está acontecendo lá é totalmente previsível. Ninguém está lá para operar em hotel cinco estrelas”, disse.
“Os agentes não estão numa situação cômoda, mas eles têm preparo, têm tutano e capacidade para agüentar. No momento que for adequado, o diretor [da Polícia Federal], vai fazer rodízio, permitindo que as pessoas se recuperem e depois, se for o caso, voltem para a região. Mas não há nenhuma situação de crise ou desequilíbrio nas relações”, complementou Genro.(G1)
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