A mobilização virtual de eleitores tem ido muito além dos compartilhamentos de virais em redes sociais. Manifestos têm sido produzidos por grupos intelectuais como forma de defender candidaturas e ideias. No início da semana, 164 economistas se mobilizaram para explicar detalhadamente por que a crise internacional - principal argumento usado pela presidente Dilma para explicar o fracasso econômico - é, na verdade, uma falácia. Agora, 246 intelectuais e profissionais liberais também redigiram um texto de apoio ao tucano Aécio Neves. Aqueles que assinaram afirmam, inclusive, terem sido ativistas de esquerda e/ou eleitores de candidatos petistas. "Sempre respeitamos o PT, em cujos candidatos muitos de nós já votaram. Pensamos que o rico pluralismo da esquerda deve se combinar com a recusa a qualquer posicionamento inflexível, submisso a princípios abstratos ou comandos partidários. Não aceitamos que nenhum partido atue como se fosse o único representante coerente da esquerda ou da democracia", afirma o texto, cujo título é 'Esquerda Democrática com Aécio Neves'.
segunda-feira, agosto 31, 2015
Governo apresenta previsão de rombo de R$ 30 bi no Orçamento de 2016
O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, entregou ao presidente do Senado Renan Calheiros, na tarde desta segunda-feira, o texto da proposta orçamentária de 2016, com previsão de déficit de 30,5 bilhões de reais, ou 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB). O texto prevê ainda crescimento de 0,2% no PIB do ano que vem e um salário mínimo de 865,50 reais.
Diante da previsão de queda forte na arrecadação também para o próximo ano, e do corte insuficiente de gastos decorrente das medidas do ajuste fiscal, o governo tentou uma medida desastrada para tentar fazer caixa para o ano que vem. Arquitetou, nos últimos quatro dias, a volta da CPMF, o imposto do cheque, derrubado em 2007 pelo Congresso. A expectativa era de que o novo imposto, se aprovado, elevasse a arrecadação de 2016 em 80 bilhões de reais. Contudo, diante da forte resistência da oposição, da própria base aliada e das críticas da opinião pública, o imposto foi sepultado antes mesmo de ser oficialmente apresentado.
Diap: PSDB é o 2º partido mais influente do Congresso
O Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) divulgou nesta segunda-feira (31), a 22ª edição da série “Os Cabeças do Congresso Nacional”. Na relação dos 100 parlamentares mais influentes em 2015, o PSDB aparece com sete indicados no Senado Federal, o que representa 80% de sua bancada. São eles: Aécio Neves (MG), Aloysio Nunes Ferreira (SP), Alvaro Dias (PR), Antonio Anastasia (MG), Cássio Cunha Lima (PB), José Serra (SP) e Tasso Jereissati (CE). Anastasia, Serra e Tasso entraram na lista deste ano dos “Cabeças” do Congresso.
O PSDB ocupa o terceiro lugar em número de parlamentares tanto na Câmara quanto no Senado e foi considerado, pelo Diap, a segunda legenda com mais influentes entre os 28 partidos com representação no Congresso Nacional.
Deputados influentes
Pelo PSDB na Câmara, aparecem como “cabeças” nesta 22ª edição do estudo os seguintes deputados: o líder da bancada, Carlos Sampaio (SP); o 1º vice-líder, Nilson Leitão (MT); o líder da Oposição, Bruno Araújo (PE); além de Domingos Sávio (MG), Luiz Carlos Hauly (PR), Marcus Pestana (MG) e Paulo Abi-Ackel (MG).
Parlamentar diferenciado
Os “Cabeças” do Congresso Nacional são, na definição do DIAP, aqueles parlamentares que conseguem se diferenciar dos demais pelo exercício de todas ou algumas das qualidades e habilidades aqui descritas.
Entre os atributos que caracterizam um protagonista do processo legislativo, destacamos a capacidade de conduzir debates, negociações, votações, articulações e formulações, seja pelo saber, senso de oportunidade, eficiência na leitura da realidade, que é dinâmica, e, principalmente, facilidade para conceber ideias, constituir posições, elaborar propostas e projetá-las para o centro do debate, liderando sua repercussão e tomada de decisão.
É o parlamentar que, isoladamente ou em conjunto com outras forças, é capaz de criar seu papel e o contexto para desempenhá-lo.
A pesquisa inclui apenas os parlamentares que estavam no efetivo exercício do mandato no período de avaliação, correspondente ao período de fevereiro a julho de 2015. Assim, quem esteve ou está licenciado do mandato, mesmo influente, não faz parte da publicação.
PSDB
Déficit orçamentário mostra crime contra LRF, diz Agripino
O presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN), afirmou nesta segunda-feira, 31, que o déficit no Orçamento de 2016, na proposta que o governo enviará ao Congresso hoje, deixa claro o crime contra a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Na sua avaliação, o governo é prisioneiro de dois monstros que criou, dívida interna chegando em R$ 3 trilhões e taxa de juros passando dos 14%.
"O inédito orçamento deficitário explicita crime contra a Lei de Responsabilidade Fiscal. O pior de tudo é que, ao invés de fazer o que os brasileiros estão fazendo, apertar o cinto, o governo insiste em passar para o povo a conta dos seus desmandos", criticou Agripino, em nota.
Sem ter conseguido apoio político para levar adiante uma nova CPMF, o governo vai alterar pela segunda vez a meta de superávit primário: após alterar de 2% para 0,7% do PIB, o Executivo terá de mudar novamente a alíquota, agora para 0,5% negativos.
"A reação maciça da sociedade traduz o sentimento de que 'o governo erra e quer que a gente pague a conta'", disse o presidente do DEM.
Estadão
Relógios Android agora funcionam também com o iPhone
Um duro golpe para o Apple Watch. O Google está anunciando hoje que os relógios inteligentes que usam Android serão compatíveis também com iPhones.
O grande trunfo da Apple com seu relógio inteligente era que usuários de iPhone poderiam usar somente o Apple Watch. Há meses os rumores sobre uma possível integração do Android Wear com o iOS corriam, mas agora é oficial.
Para usar um relógio que não seja da Apple junto com o iPhone, o usuário terá que baixar um aplicativo na App Store. Ele será similar ao disponível para Android e será chamado Android Wear.
De acordo com um comunicado do Google, o primeiro relógio que poderá ser usado com o iPhone será o Watch Urbane, da LG. Os outros relógios existentes não serão compatíveis. Apenas produtos lançados daqui para a frente poderão ser usados com o iPhone.
Exame/Google
'Bicicleta pode quebrar', diz ministro do TCU sobre pedaladas do governo
O ministro relator do processo sobre as contas de Dilma Rousseff no Tribunal de Contas da União (TCU), Augusto Nardes, reforçou que vence no dia 11 de setembro o prazo dado ao governo para explicar as irregularidades apontadas pela corte. Na última quarta-feira, o TCU decidiu conceder mais quinze dias para o governo explicar dois pontos adicionais sobre as contas do governo de 2014. A decisão foi tomada após uma solicitação feita pelo Executivo, no início da semana passada. O prazo passou a ser contabilizado após notificação feita à Presidência. Nardes participa do Exame Fórum 2015, promovido em São Paulo pela revista EXAME, da Editora Abril, que também publica VEJA.
Nardes ainda afirmou que se não for tomada alguma atitude no país "a bicicleta pode quebrar", em referência às chamadas pedaladas fiscais do governo. O nome foi dado à prática de atraso no repasse do governo a bancos públicos para o pagamento de despesas, que incluem programas sociais, como o Minha Casa Minha Vida. Em defesa de um projeto nacional de governança, que aumentaria a transparência na prestação de contas públicas, Nardes, que é do Rio Grande do Sul, ainda disse que, em seu Estado, "a bicicleta já quebrou", criticando a deterioração da situação fiscal do país.
Nardes fez um alerta ao dizer que o Brasil não pode se igualar à Argentina no quesito transparência. Mas, segundo, ele, não há no país um direcionamento adequado, tampouco um acompanhamento, da gestão das contas públicas. Com isso, segundo Nardes, o país jamais será competitivo a nível regional ou global. "Além das pedaladas, nossa competitividade está muito baixa. Nosso ambiente macroeconômico esta positivo pra melhorar a situação do país?", questionou.
DILMA FAZ REUNIÃO DE COORDENAÇÃO POLÍTICA SEM A PRESENÇA DE TEMER
No dia em que o governo tem que entregar a proposta do Orçamento de 2016 ao Congresso, a presidente Dilma Rousseff comanda a reunião de coordenação política na manhã desta segunda-feira, 31, sem a presença do vice-presidente Michel Temer, que está em São Paulo, mas com a participação dos ministros que compõem a junta orçamentária Joaquim Levy (Fazenda), Nelson Barbosa (Planejamento) e Aloizio Mercadante (Casa Civil).
Conforme antecipou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, o governo enviará uma proposta com um déficit primário da ordem de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB), admitindo que gastará mais do que vai arrecadar, mesmo sem levar em conta despesas com pagamento de juros. O resultado negativo deve ficar próximo de R$ 30 bilhões.
Além dos ministros da junta orçamentária, participam da reunião os ministros: Aldo Rebelo (Ciência e Tecnologia); Edinho Silva (Secretaria de Comunicação Social); Eduardo Braga (Minas e Energia); Gilberto Kassab (Cidades); José Eduardo Cardozo (Justiça); Miguel Rossetto (Secretaria-Geral); Ricardo Berzoini (Comunicações). Estão presentes também o líder do governo na câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), e o líder do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE).
Dólar dispara a R$ 3,68
O dólar opera em forte alta nesta segunda-feira diante da notícia de que o governo vai entregar hoje o Orçamento de 2016, prevendo um déficit nas contas públicas - ou seja, que a arrecadação não será suficiente para pagar os juros da dívida pública. O mercado reage negativamente ao possível déficit e precifica o que já pode ser considerado mais um revés da equipe econômica da presidente Dilma Rousseff.
Por volta das 10h50, o dólar subia a 2,65%, sendo cotado a 3,68 reais.
Os investidores estão apreensivos com a possibilidade de o Brasil perder o grau de investimento, com o reconhecimento dos problemas. Além disso, esta é primeira vez na história que o governo prepara um orçamento com previsão de desequilíbrio fiscal desde a gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que começou a fazer esse tipo de cálculo. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o resultado negativo deve ficar próximo de 30 bilhões de reais.
domingo, agosto 30, 2015
20 bilionários brasileiros de 2015, segundo a Forbes Brasil
A publicação Forbes Brasil divulgou no último dia 28 a lista dos bilionários brasileiros de 2015. No total, 160 nomes aparecem no ranking com um patrimônio somado de R$ 806,66 bilhões - o equivalente a quase 15% do PIB do país.
Os dez primeiros colocados, liderados pelo empresário Jorge Paulo Lemann, respondem sozinhos por 40% desse montante.
A seguir, confira quem são os 20 maiores bilionários do Brasil.
Jorge Paulo Lemann
Aos 75 anos, o empresário carioca Jorge Paulo Lemann acumula uma fortuna de R$ 83,70 bilhões, como maior acionista da Ambev, Burguer King e sócio da gestora de investimentos 3G Capital.
Multiplicar dinheiro parece ser o forte do homem mais rico do país. Nesta semana, ele e o empresário Abilio Diniz fecharam a compra de uma rede de padarias de São Paulo.
Joseph Safra
O banqueiro Joseph Safra figura em segundo lugar no ranking, com uma fortuna estimada de R$ 52,90 bilhões. Safra tem 76 anos e nasceu no Líbano, mas naturalizou-se brasileiro.
Marcel Herrmann Telles
Além de carioca e sócio da AB Inbev, Marcel Telles tem outra similaridade com o sócio Lemann: muito dinheiro.
Em 2015, sua fortuna foi estimada em R$ 42,26 bilhões, oriunda de seus negócios com cervejaria e investimentos.
Carlos Alberto Sicupira
Com uma fortuna um pouco menor que a de seus sócios na AB Inbev, Carlos Alberto Sicupira aparece no ranking em 4º lugar entre os mais ricos do país, com um patrimônio estimado de R$ 36,93 bilhões.
Os irmãos Marinho
Os três irmãos Marinho, José Roberto, Roberto Irineu e João Roberto Marinho, aparecem empatados em 5º lugar no ranking. Cada um deles tem uma fortuna estimada de R$ 23,80 bilhões.
Eduardo Saverin
Aos 33 anos, o carioca Eduardo Saverin é dono de uma fortuna de R$ 17,53 bilhões, capaz de fazê-lo mais rico que o empresário Abilio Diniz e o banqueiro André Esteves.
No mundo, um dos primeiros investidores do Facebook também ocupa uma posição de destaque - está entre os 15 bilionários mais jovens do planeta, ao lado de Mark Zuckerberg.
Marcelo Odebrecht
Aos 46 anos, o empresário Marcelo Odebrecht ocupa o 9º lugar entre os brasileiros mais ricos, com um patrimônio estimado de R$ 13,10 bilhões.
Abilio Diniz
Além de acionista e conselheiro do Carrefour Brasil, o empresário paulista Abilio Diniz também é um dos 20 maiores bilionários brasileiros, com um patrimônio estimado de R$ 12,83 bilhões.
Walter Faria
Dono do Grupo Petrópolis desde 1998, o paulista Walter Faria tem um patrimônio estimado pela Forbes Brasil de R$ 10,40 bilhões.
Francisco Ivens Dias Branco
Aos 81 anos, o empresário cearense Francisco Dias Branco, presidente do conselho de administração e acionista da fabricante de alimentos M. Dias Branco, tem uma fortuna de R$ 10,36 bilhões.
André Esteves
O 13º lugar da lista é do banqueiro carioca André Esteves, que tem um patrimônio de R$ 9,07 bilhões, aos 46 anos, graças ao seu banco BTG Pactual e a outros investimentos.
Aloysio Faria
O patrimônio de R$ 8,45 bilhões do dono do banco Alfa, Aloysio de Andrade Faria, o coloca no 14º lugar entre os mais ricos do país, segundo a Forbes Brasil.
José Luis Cutrale
Depois da compra da empresa norte-americana de bananas Chiquita, em 2014, o empresário José Luis Cutrale e sua família voltaram para a lista de bilionários brasileiros, com uma fortuna estimada de R$ 7,82 bilhões.
Alexandre Grendene Batelle
Aos 65 anos, Alexandre Grendene Batelle, dono da Grendene, tem uma fortuna estimada de R$ 7,51 bilhões.
Os irmãos Moreira Salles
Os quatro irmãos Moreira Salles, Roberto, Pedro (os dois da imagem), João e Walter, ocupam os 4 últimos lugares da lista dos 20 maiores bilionários brasileiros, segundo a Forbes Brasil.
Cada um deles possui uma fortuna estimada de R$ 7,45 bilhões.
Joaquim Barbosa: TCU não tem porte para desencadear processo de impeachment
O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa disse, neste sábado, não acreditar que o Tribunal de Contas da União (TCU) seja um órgão capaz de desencadear um processo grave como o de impeachment de um presidente da República. "Não acredito no Tribunal de Contas da União como um órgão sério desencadeador de um processo de tal gravidade, o Tribunal de Contas é um playground de políticos fracassados", disse. Segundo Barbosa, o TCU é um lugar onde políticos sem expectativa de se eleger buscam uma "boquinha". "(O TCU) não tem estatura institucional", afirmou no 7º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, organizado pela BM&FBovespa.
A questão para Barbosa, portanto, residiria na capacidade de o TCU lidar com a questão das pedaladas, e não com a gravidade das manobras fiscais do governo Dilma. "Uma das características da prática jurídica brasileira é a dualidade entre o que está escrito nas normas, nas leis, e a sua execução prática. Uma coisa é eu dizer que sim, é viável juridicamente uma pedalada fiscal conduzir ao impeachment de um presidente da República regularmente eleito. Outra coisa é eu saber como realmente funcionam as instituições e acreditar nisso", disse o ex-ministro do Supremo.
Barbosa afirmou que, para prosseguir com um processo de impeachment, é preciso que as provas sejam "incontestáveis" e que envolvam diretamente o presidente da República. Ele lembrou que esse movimento é algo que precisa ser muito bem pensado, já que ele representa um "abalo sísmico" para as instituições do país.
Candidatura -- O ex-presidente do STF voltou a negar que pretenda se candidatar à Presidência da República. Ele classificou como "impossível" uma candidatura. "Olhe para mim, para esse meu jeitão, essa minha franqueza, meu modo de dizer as coisas, a minha transparência... Eu seria massacrado se resolvesse entrar na briga pela Presidência da República, a começar pelos políticos, eles não gostam de outsiders, e eu sou um", disse.
Barbosa disse que ele segue na vida pública "dialogando com as pessoas". "Estou conhecendo um Brasil que não conhecia. Tem sido muito gratificante", disse o ex-presidente do STF, que foi aplaudido de pé pelos presentes após finalizar sua palestra.
Com informações Estadão
"Governo" desiste de nova CPMF
A presidente Dilma desistiu da recriação da CPMF, o imposto sobre movimentações financeiras, ao menos para o próximo ano. A decisão foi tomada neste sábado à tarde, em reunião em Brasília com os ministros do Planejamento, Nelson Barbosa, e da Casa Civil, Aloizio Mercadante. Pesou para o recuo da presidente a forte repercussão negativa em torno da volta da CPMF e o anúncio de oposição à medida por parte de políticos e governadores, além das críticas de empresários, num momento em que o país já está em recessão e o clima de confiança na economia só piora.
O governo havia divulgado na semana que passou a intenção de propor a recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira, com o intuito de reforçar a arrecadação federal em até 80 bilhões de reais no próximo ano, de acordo com estimativas preliminares, e ajudar no reequilíbrio das contas públicas. A medida seria incluída na proposta para o orçamento do governo federal em 2016, que será encaminhada nesta segunda-feira, dia 31, ao Congresso.
Em Campos do Jordão representando o governo em um evento do setor financeiro, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, havia defendido durante a tarde a recriação da CPMF. "Acho que ninguém concorda que o aumento da despesa sem o aumento de impostos é um caminho viável", disse o ministro, que criticara a resistência da sociedade. "Se a gente quiser dar uma de Grécia e disser não a todo tipo de imposto, vai ter consequências", afirmou Levy.
A CPMF esteve em vigor até 2007, mas deixou de ser cobrada a partir do ano seguinte depois que o Senado rejeitou a sua prorrogação. Na época, ela gerava cerca de 40 bilhões de reais para os cofres do governo.
Com informações Reuters
LULA PODE SER CONVOCADO PARA ESCLARECER EMPRÉSTIMOS AO GOVERNO CUBANO
O deputado Alexandre Baldy (PSDB-GO) vai protocolar nesta segunda-feira (31) requerimento na CPI que investiga o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) para convocar o ex-presidente Luiz Inácio da Lula Silva e o ex-diretor da Odebrecht Alexandrino Alencar. O requerimento pede esclarecimentos sobre o suposto tráfico de influência para garantir empréstimos ao governo Cubano, com base na reportagem da Revista Época de 29 de agosto de 2015.
Reportagem exclusiva da Época revelou as condições facilitadas dos empréstimos do BNDES à empreiteira, que faturou US$ 898 milhões, o correspondente a 98% dos financiamentos do BNDES em Cuba. “O BNDES usou centenas de milhões de dólares nas obras do Porto de Mariel, tocadas pela Odebrecht. Esse investimento foi feito com dinheiro público e se há indícios de irregularidades, a CPI deve averiguar”, afirmou o deputado que é sub-relator do colegiado.
A revista cita que Lula atuava como lobista informal da Odebrecht. “Ele tinha acesso privilegiado tanto ao governo de sua sucessora, a presidente Dilma Rousseff, quanto no governo dos irmãos Castro (...) papelada, e entrevistas reservadas com fontes envolvidas, confirma que, sim, Lula intermediou negócios para a Odebrecht em Cuba. E demonstra, em detalhes, como Lula fez isso: usava até o nome da presidente Dilma. Chegava a discutir, em reuniões com executivos da Odebrecht e Raúl Castro, minúcias dos projetos da empreiteira em Cuba, como os tipos de garantia que poderiam ser aceitas pelo BNDES para investir nas obras”, revela a reportagem.
Reportagem exclusiva da Época revelou as condições facilitadas dos empréstimos do BNDES à empreiteira, que faturou US$ 898 milhões, o correspondente a 98% dos financiamentos do BNDES em Cuba. “O BNDES usou centenas de milhões de dólares nas obras do Porto de Mariel, tocadas pela Odebrecht. Esse investimento foi feito com dinheiro público e se há indícios de irregularidades, a CPI deve averiguar”, afirmou o deputado que é sub-relator do colegiado.
A revista cita que Lula atuava como lobista informal da Odebrecht. “Ele tinha acesso privilegiado tanto ao governo de sua sucessora, a presidente Dilma Rousseff, quanto no governo dos irmãos Castro (...) papelada, e entrevistas reservadas com fontes envolvidas, confirma que, sim, Lula intermediou negócios para a Odebrecht em Cuba. E demonstra, em detalhes, como Lula fez isso: usava até o nome da presidente Dilma. Chegava a discutir, em reuniões com executivos da Odebrecht e Raúl Castro, minúcias dos projetos da empreiteira em Cuba, como os tipos de garantia que poderiam ser aceitas pelo BNDES para investir nas obras”, revela a reportagem.
CÂMARA SÓ APROVA 1% DE PROJETOS APRESENTADOS
O Poder Executivo e o Senado tiveram 42 projetos de lei aprovados, 21 de cada. O Judiciário aprovou 8 e o Ministério Público da União, só um.Boa parte das leis aprovadas, 18 delas, criam “Dias comemorativos.
sábado, agosto 29, 2015
Bolsa registra maior saída de estrangeiros em dois anos
A retirada líquida de recursos do mercado de ações brasileiro por estrangeiros, em agosto, chegou a R$ 3,47 bilhões na última quarta-feira, o pior mês de todo o ano de 2015, e também a saída mais acentuada registrada desde junho de 2013. Naquele mês, os estrangeiros retiraram R$ 4,073 bilhões da Bolsa de Valores de São Paulo.
Depois de passar todo o primeiro semestre no azul, e acumular saldo positivo de R$ 21,540 bilhões no ano, o indicador de capital estrangeiro na Bolsa começou a reverter a tendência em julho, quando foram retirados R$ 567,8 milhões do mercado. Em agosto, esse movimento se acentuou, e o saldo acumulado em 2015 continua positivo, mas caiu para R$ 17,5 bilhões.
Com informações do Estadão
PIB do Brasil só não está pior que o da Rússia e Ucrânia
O recuo de 2,6% na economia brasileira no segundo trimestre do ano fez com que o Brasil ocupasse a 33ª posição em um ranking que avalia o crescimento do PIB em 35 países no período.
O levantamento elaborado pela Austin Rating, agência de classificação de risco, coloca o Brasil à frente apenas da Rússia e Ucrânia – que também registraram queda na economia no período.
Na última sexta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou que o PIB do Brasil caiu 1,9% no 2º trimestre de 2015 em relação ao 1º trimestre e 2,6% quando comparado com o mesmo período de 2014.
A retração na economia brasileira ficou acima da expectativa aguardada pelos economistas, que esperavam queda 1,7% no trimestre e 2% no ano a ano.
Além do PIB, todos os principais indicadores caíram na comparação com o trimestre anterior com exceção do consumo do governo, que registrou leve alta de 0,7%. Já o consumo das famílias caiu pela segunda vez seguida (-0,2%).
Retrato do Brasil
Uma pesquisa inédita encomendada pelo PMDB do Ceará ao Ibope conseguiu fazer uma fotografia sem photoshop do que aconteceu com Dilma Rousseff da eleição para cá.
Na cidade de Lavras da Mangabeira, de 31 000 habitantes, Dilma obteve a inacreditável marca de 86,6% dos votos no segundo turno, em outubro passado. Agora, de acordo com a pesquisa realizada em agosto, ou seja, dez meses depois, 76% dos habitantes reprovam o governo.
Sua popularidade, portanto, esfarelou-se, até em pequenas cidades nordestinas que a apoiaram de forma esmagadora.
Veja
NOMEAÇÃO DE PAULO BERNARDO PARA ITAIPU É SUSPENSA
A presidente Dilma decidiu suspender a nomeação do ex-ministro das Comunicações Paulo Bernardo para a direção-geral brasileira de Itaipu Binacional, usina hidrelétrica mantida com o Paraguai. A escolha de Bernardo para o cargo, cuja remuneração supera os R$ 30 mil, era dada como certa por auxiliares palacianos semanas atrás.
Nesta semana, o juiz federal Sérgio Moro, que conduz as ações da Lava Jato na primeira instância, enviou ao Supremo Tribunal Federal documentos com indícios de repasses ilícitos de um escritório de advocacia para a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), ex-ministra da Casa Civil no primeiro mandato da presidente. Gleisi e Paulo Bernardo são casados.
A senadora é alvo de investigação da Lava Jato na Procuradoria-Geral da República porque, segundo delatores, teria recebido R$ 1 milhão para a campanha ao Senado de 2010. A investigação cita também o marido de Gleisi como beneficiário de valores sob suspeita de serem oriundos do esquema de corrupção na Petrobrás.
O casal nega irregularidades nas contas da campanha de Gleisi ao Senado, em 2010, assim como o recebimento de dinheiro vindo do esquema de Youssef.
TEMER NEGA APOIO A PROJETO DE DILMA PARA RECRIAR CPMF
A proposta do governo de recriar a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) colocou em lados opostos a presidente Dilma Rousseff e o vice-presidente Michel Temer, menos de uma semana após ele ter deixado a função de articulador político do governo.
Na contramão do rumo tomado pela gestão Dilma, Temer também prometeu a empresários, em jantar anteontem à noite em São Paulo, defender no Planalto as mudanças que o setor julga necessárias na política econômica. Esses dois movimentos afastam ainda mais o vice, um dos principais líderes do PMDB, da presidente.
Aborrecido por não ter sido avisado sobre o plano, Temer não escondeu a contrariedade quando recebeu um telefonema da presidente, na tarde de quinta-feira, pedindo ajuda na articulação política para aprovar a volta do tributo do cheque no Congresso.
"Não é momento de propor aumento de imposto, com a economia em recessão. Essa proposta não passa nem na Câmara nem no Senado", disse Temer, segundo relato da conversa obtido pelo Estado. O vice se negou a colaborar com a nova missão. "Se querem levar isso adiante, saibam que o governo tem tudo para perder", disse ele.
Dilma não gostou do que ouviu, mas afirmou a Temer que a recriação da CPMF tinha respaldo de governadores e era importante para tirar as contas públicas do quadro deficitário, previsto para 2016. Temer ponderou, então, que os governadores podem até dizer que apoiam, mas, na hora H, não mobilizam as bancadas de seus partidos no Congresso.
Diante da insistência da presidente, que se manteve irredutível, o vice sugeriu a Dilma que ela fizesse "pessoalmente" os contatos para aprovar a proposta. No início da semana, Temer comunicou à presidente que estava se afastando do "varejo" da articulação política e das negociações de cargos e emendas.
No Palácio do Planalto, um auxiliar de Dilma disse que a conversa entre os dois foi marcada pela rispidez, mas Temer negou. "Foi feito um diagnóstico realista da situação", afirmou o vice a amigos.
Temer ficou contrariado por não ter sido informado da intenção do governo de incluir a CPMF na proposta orçamentária de 2016. O telefonema de Dilma ocorreu por volta de 16h30, depois que a notícia já repercutia na imprensa. O vice estava em São Paulo para o jantar na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
PLANALTO EMPREGA 18 MIL FUNCIONÁRIOS; NA CASA BRANCA SÃO 456
A presidente Dilma tem sob seu comando mais de 18,2 mil funcionários na Presidência da República, segundo o último boletim de pessoal do Ministério do Planejamento. Antes de anunciar que quer cortar só 3% de cargos, ela levou para a barra da calça, com todas as boquinhas, a Agência Nacional de Aviação Civil, em 2012, e a Agência Nacional de Transportes Aquaviários, em 2013, além de ABIN, AGU, CGU, IPEA ... A Casa Branca, sede da Presidência dos EUA, tem 456 funcionários.
ANAC, ANTAQ, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada e a Agência Brasileira de Inteligência somam 2,4 mil cargos à estrutura inchada.
A Controladoria-Geral da União e a Advocacia-Geral da União têm o grosso dos cargos com 2.464 e 9.199 funcionários, respectivamente.
Impressiona o fato de a Presidência manter mais de 6 mil funcionários “trabalhando” fora do Distrito Federal. Cerca de 1,1 mil no RJ e em SP.
Desde que chegou à Presidência, Dilma criou mais de 14 mil cargos comissionados e está prestes a atingir a marca de 100 mil boquinhas.
Diário do Poder
sexta-feira, agosto 28, 2015
Declarada pela campanha de Dilma, doméstica diz que nunca recebeu R$ 1,6 mi
Apesar de a empresa de Ângela Maria do Nascimento ter faturado 1,6 milhão de reais da campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff, o valor recebido pela empregada doméstica foi 2.000 reais pelos poucos meses trabalhados para montar cavaletes de propaganda da então candidata presidencial. A empresa de Ângela, Mascote Flag, foi alvo nesta quarta-feira de um pedido do ministro Gilmar Mendes, vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e relator das contas de Dilma, para que o Ministério Público investigasse indícios de irregularidades. O pedido ainda não chegou à Procuradoria.
"Nem faço ideia de quanto é isso tudo de dinheiro", disse ela ao jornal Cruzeiro do Sul sobre o total de 1,6 milhão de reais. A empregada doméstica afirmou ao jornal O Globo ter recebido apenas 2.000 reais do montante.
Com base em informações de um relatório encaminhado ao TSE pela Secretaria da Fazenda (Sefaz), Mendes suspeita que a empresa seja de fachada porque, segundo ele, não foram identificados "registros de entrada de materiais, produtos e serviços" e "destaque de pagamentos de impostos nas notas fiscais emitidas". A Sefaz identificou que, apesar de a Mascote Flag ter faturado 1,6 milhão de reais em os serviços de fabricação de banners, bandeiras e faixas para a campanha petista, a compra dos materiais foi feita pela Embalac Indústria e Comércio Ltda - o que motivou a desconfiança do TSE.
Déficit primário em julho chega a R$10 bi, dívida bruta segue em ascensão
O setor público brasileiro teve déficit primário de 10,019 bilhões de reais em julho, acumulando em 12 meses rombo primário equivalente a 0,89 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), o pior da série histórica do Banco Central, retratando os percalços para o cumprimento da meta fiscal de 2015 diante da debilidade econômica e fraca arrecadação.
O BC também previu nesta sexta-feira que a dívida bruta como proporção do PIB ficará em agosto acima do patamar estimado pelo governo para o consolidado de 2015.
Segundo o BC, a métrica, que é acompanhada de perto pelas agências de classificação de risco, deverá encerrar este mês em 64,9 por cento contra 64,6 por cento em julho, dando prosseguimento a uma trajetória de alta que é reflexo da deterioração das finanças públicas. Em dezembro de 2014, o patamar era de 58,9 por cento.
Reuters
Dilma veta emenda de Aécio que dava transparência à dívida do Tesouro junto aos bancos públicos, ao BNDES e ao FGTS
Veto da presidente contraria decisão do Congresso e viola o direito do cidadão de conhecer a realidade das contas públicas federais.
Quanto o Tesouro Nacional deve aos bancos públicos, que são patrimônio dos brasileiros?
Quanto o Tesouro Nacional deve ao FGTS, que é patrimônio dos trabalhadores brasileiros?
As respostas para essas duas perguntas deviam estar disponíveis para os brasileiros a qualquer dia e a qualquer hora, mas uma nova decisão da presidente Dilma Rousseff impedirá que a sociedade conheça qual a dívida do Tesouro Nacional junto aos bancos públicos por empréstimos feitos a empresas, com juros subsidiados, e com aval do governo, mas que não estão sendo pagos há mais de quatro anos.
Os trabalhadores também continuarão sem saber qual a soma dos repasses devidos ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) referentes a valores arrecadados a título de multa paga pelas empresas, em função de demissões sem justa causa, mas que estão sendo retidos pelo governo.
A emenda aprovada – de autoria do senador Aécio Neves – determinava que o governo informasse na internet e encaminhasse ao Congresso, e a outros órgãos de fiscalização, relatórios com os valores devidos pelo Tesouro. Com o veto da presidente Dilma, no entanto, os brasileiros continuarão sem acesso à realidade das contas federais. A estimativa é de que o valor da dívida seja maior que R$ 30 bilhões.
“É mais um passo atrás da presidente Dilma depois de prometer ao país mudanças na sua postura e maior transparência ao governo. Nada mudou. Ao contrário, o segundo mandato da presidente começa com seguidos retrocessos para a sociedade e com mais uma nova violência contra o Congresso, que aprovou uma medida básica, elementar em qualquer democracia: o da transparência no uso do dinheiro público. O discurso feito pela candidata Dilma não tem conexão com atos da presidente da República”, disse o senador Aécio Neves.
O veto da presidente à emenda aprovada pelo Congresso contraria também o compromisso assumido pela nova equipe econômica de dar conhecimento à sociedade sobre a realidade fiscal do país, pondo fim aos truques contábeis utilizados pelo governo nos últimos anos para tentar fechar as contas públicas.
A presidente vetou ao todo 32 emendas feitas à LDO. A lei traz também as metas que a equipe econômica terá de cumprir em 2015.
“Vamos trabalhar no Congresso para derrubar o veto da presidente e manter a decisão majoritária do Parlamento Nacional”, afirmou o presidente nacional do PSDB.
PSDB
Ministros do Supremo reconhecem validade de acordo de delação de Youssef
Por unanimidade, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitaram na tarde desta quinta-feira (27) o pedido feito pela defesa de Erton Medeiros Fonseca, executivo da Galvão Engenharia preso na operação Lava-Jato, que questionava na Suprema Corte a homologação dada pelo ministro Teori Zavascki à delação premiada do doleiro Alberto Youssef.
Índice inicia pregão no vermelho após dados do PIB
A bolsa iniciava a sexta-feira no vermelho após três sessões consecutivas de alta do Ibovespa, com o mercado repercutindo a queda maior que a esperada do Produto Interno Bruto (PIB) do país no segundo trimestre.
Às 10h15, o Ibovespa recuava 1,56%, a 46.972 pontos, pressionado principalmente por Itaú Unibanco e Bradesco e em linha com a queda dos futuros do índice norte-americano S&P 500.
O PIB brasileiro encolheu 1,9% no segundo trimestre deste ano sobre os três meses anteriores, confirmando que a economia entrou oficialmente em recessão técnica, ante expectativa de queda de 1,7%.
Reuters
Polícia Federal indicia ex-presidente da Eletronuclear preso na Lava Jato
A Polícia Federal indiciou o vice-almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, ex-presidente da Eletronuclear, pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção passiva e organização criminosa. Preso desde 28 de julho na Operação Radiotividade, desdobramento da Lava Jato, Othon Luiz é suspeito de ter recebido propinas nas obras da usina de Angra 3.
Pelo menos 4,5 milhões de reais foram rastreados em uma conta da Aratec Engenharia, controlada por ele, mas os investigadores consideram que o almirante pode ter recebido 30 milhões de reais no total. Em relatório de 30 páginas, a PF indiciou oito investigados - além de Othon Luiz, uma filha dele, Ana Cristina Toniolo, o executivo Flávio David Barra, presidente da Andrade Gutierrez Energia, e cinco supostos intermediários do dinheiro ilícito.
Alvo da Lava Jato, gráfica da campanha de Dilma também está na mira do TSE
Além de ser investigada na Operação Lava Jato, a gráfica Braspor está entre os alvos da investigação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre as contas da campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff. Segundo a edição desta sexta-feira do jornal Folha de S. Paulo, o órgão encontrou uma nota fiscal de 350.000 reais, emitida pela empresa como comprovante de prestação de serviços à campanha, que não foi declarada pelo comitê da petista à Justiça Eleitoral.
Por isso, o ministro Gilmar Mendes, que promove a apuração, enviou à Secretaria de Fazenda do Estado de São Paulo uma lista para a checagem de vinte empresas que prestaram serviços à campanha da então candidata à reeleição, entre elas a Braspor, sediada em Osasco, região metropolitana do Estado. Os pedidos de investigação também foram enviados ao órgão de Santa Catarina.
Os fiscais da Fazenda paulista, de acordo com o jornal, informaram a Mendes que a gráfica confirma ter sido contratada pelo PT, mas diz que até hoje não recebeu o pagamento pelo serviço. No período das eleições, a empresa produziu 35.000 peças de papelão que seriam afixadas em cavaletes e que tinham imagens de Dilma e do então candidato do PT a governador de São Paulo, Alexandre Padilha.
Em nota enviada à Folha, o partido afirmou que a Braspor nunca foi contratada pela campanha de Dilma Roussef do ano passado e que, por isso, não aparece na prestação de contas. A Braspor, por outro lado, diz que prestou o serviço, entregou o material, mas ainda não recebeu o pagamento. "Não faço ideia de por que a campanha não declarou. Lançamos a nota porque era nossa obrigação de fornecedor", disse Paulo André dos Santos Gomes, um dos sócios da gráfica.
Lava Jato - A Braspor é investigada na Operação Lava Jato por suspeita de ter repassado propina ao ex-deputado André Vargas, que deixou o PT no ano passado, por meio de uma empresa fantasma. Vargas está preso atualmente em Curitiba por suspeita de envolvimento no petrolão.
Entre 2013 e 2014, a gráfica fez ao menos três depósitos na conta bancária da LSI, empresa mantida pelo ex-deputado, que somaram 79.000 reais. O valor era repassado por indicação da agência publicitária Borghi/Lowe. Ela subcontratava firmas para executar serviços e, em troca, pedia que parte dos ganhos fossem repassados a ela.
Questionado sobre o repasse de valores, Gomes disse ao jornal que não se lembrava dos pagamentos à empresa de André Vargas.
PIB DE -1,9% ATESTA RECESSÃO E FRACASSO DA POLÍTICA ECONÔMICA
A queda de 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, no segundo trimestre de 2015, em relação aos três meses anteriores, atesta que a economia do País está em recessão - ou o que os economistas chamam de "recessão técnica". No primeiro trimestre do ano, o PIB já havia caído 0,7%.
Isso mostra a falência da política econômica do governo Dilma, que registrou gastos de cerca de R$ 80 bilhões sem cobertura orçamentária, durante o ano eleitoral de 2014, comprometendo a capacidade do Brasil de suportar o rombo.
Em relação ao segundo trimestre de 2014, a baixa foi ainda maior, de 2,6%. Em valores correntes, o PIB no segundo trimestre do ano alcançou R$ 1,43 trilhão.
Os números foram divulgados nesta sexta-feira (28) pelo IBGE, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
quinta-feira, agosto 27, 2015
Custo da construção sobe 7,12% em um ano
O Índice Nacional de Custo da Construção do Mercado (INCC-M) subiu de 0,66%, em julho, para 0,80%, em agosto. Desde janeiro, o INCC-M acumula alta de 6,15% e, em 12 meses, 7,12%, informou o Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV).
Em agosto, os preços de materiais, equipamentos e serviços subiram 0,27%. Em julho, a variação foi 0,17%. De janeiro a agosto, esse índice teve alta de 4,42% e, em 12 meses, 5,93%.
O que mais pesou em agosto foi o grupo de materiais para acabamento, que passou de 0,45% para 0,67%. No que se refere apenas à contratação de serviços, a taxa subiu de 0,23% para 0,58%.
Em relação à mão de obra, o índice aumentou de 1,1% para 1,27%, puxado pelos reajustes salariais no Distrito Federal e em Porto Alegre. No ano, esse componente de despesa teve elevação de 7,7% e, em 12 meses, de 8,2%.
A pesquisa foi feita em sete capitais. Quatro cidades apresentaram aumentos do INCC-M: Brasília (de 0,92% para 3,04%); Belo Horizonte (de -0,1% para 0,24%); Rio de Janeiro (de -0,09% para 0,23%) e Porto Alegre (de 0,76% para 3,43%). Em Salvador, a taxa caiu de 0,18% para -0,08% e, em São Paulo, o ritmo de correção diminuiu de 1,12% para 0,14%. E, na capital pernambucana, Recife, os custos ficaram estáveis em 0,02%.
Fiesp critica ministro da Fazenda
A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) divulgou nota nesta quarta-feira, 26, com críticas à condução da política econômica pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
"Levy não vê problema em terminar o ano com 1,5 milhão de empregos a menos", diz o trecho mais duro da nota. A Fiesp é presidida por Paulo Skaf, filiado ao PMDB e muito próximo do vice-presidente da República, Michel Temer.
O texto cita a turbulência na economia da China e elogia medidas tomadas pelo governo daquele país. Em seguida, usa o exemplo chinês para criticar a atual gestão do Brasil.
"No Brasil, vimos o oposto. Enquanto o PIB deverá encolher 3% no ano, a política econômica se baseia em aumento da taxa de juros, redução do crédito e aumento de impostos, ou seja, ações que tendem a ampliar os efeitos negativos da crise. Não há nenhum estímulo à retomada da economia", afirma Skaf, que assina a nota.
"Na semana passada, em reunião com líderes de diversos setores produtivos, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, defendeu o aumento de impostos da contribuição da previdência, mesmo alertado de que a medida provocará mais desemprego.
Pelo visto, para o ministro, terminar o ano com fechamento negativo de 1,5 milhão de empregos a menos parece não ser um problema", conclui a nota.
Nesta quinta-feira, 27, à noite, Temer tem presença confirmada em um jantar oferecido pela Fiesp, na capital paulista. O vice-presidente tem procurado manter agendas com o setor produtivo desde o início da atual crise política.
Temer formalizou na última segunda-feira sua saída da função de articulador político do governo Dilma. A decisão foi tomada após alguns desentendimentos de Temer e do PMDB com Levy e a equipe econômica. Antes do jantar, o vice cumpre outras agendas relativas ao cargo dele em São Paulo.
PIB dos EUA cresce 3,7% no 2º tri, acima do esperado
A economia dos Estados Unidos cresceu mais rápido do que se esperava no segundo trimestre deste ano, com sólida demanda doméstica, mostrando forte impulso que ainda poderia permitir ao Federal Reserve, banco central norte-americano, aumentar as taxas de juro este ano.
O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu ao ritmo anual de 3,7 por cento no trimestre passado, muito acima da taxa de 2,3 por cento estimada no mês passado, informou o Departamento de Comércio nesta quinta-feira, em sua segunda estimativa do PIB. Pesquisa Reuters com economistas apontou que a alta seria revisada para 3,2 por cento no período.
Reuters
Governo articula volta da CPMF para cobrir despesas em 2016
Descartada no início do ano, a proposta de volta da CPMF, também conhecida como "imposto do cheque", ganha força no governo para fechar as contas em 2016. Fontes ouvidas pela Agência Estadoconfirmaram que o envio de uma proposta de emenda constitucional ao Congresso Nacional faz parte do conjunto de medidas de aumento de tributos em discussão na elaboração da proposta do Orçamento da União de 2016.
Apesar do clima desfavorável no Congresso e na sociedade para um novo aumento da carga tributária, a avaliação é de que a volta do tributo - extinto em 2007, durante o governo Lula - é indispensável para tirar as contas públicas de um quadro deficitário em 2016, ano em que a economia brasileira continuará em ritmo lento.
Se as medidas de corte dos programas e despesas não tiveram grande alcance para garantir o cumprimento da meta de economia de 43,83 bilhões de reais de 2016, o equivalente a 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB), o governo terá de recorrer a uma dosagem maior de aumento da carga tributária.
Rombo - O rombo previsto - ou seja, a distância entre o que se projeta hoje de receitas e despesas sem novas medidas em comparação à meta de superávit primário de 0,7% do PIB - é superior a 60 bilhões de reais. O valor é maior do que a própria meta, o que mostra que a equipe econômica começou a preparar a proposta de Orçamento partindo de um déficit primário no fim do ano.
O problema é que o corte de programas e despesas obrigatórias que está sendo definido pela Junta Orçamentária (formada por representantes dos Ministérios da Fazenda, Planejamento e Casa Civil) é muito menor que o necessário para fechar as contas. "É preciso ter um Orçamento com mais imaginação e olhar melhor para a natureza do gasto", disse uma fonte da equipe econômica.
A avaliação de pessoas próximas às discussões é de que a medida pode ser aprovada caso os recursos arrecadados tenham destino certo - como, por exemplo, saúde e educação. Por causa do ambiente de alta instabilidade política, não há definição sobre a conveniência de enviar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da CPMF. O projeto está sendo analisado pela presidente Dilma Rousseff.
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