sexta-feira, fevereiro 27, 2009

Congresso criará comissão para acelerar reforma política


Com intuito de acelerar a reforma política, a Câmara e o Senado vão criar na próxima semana uma comissão mista para consolidar as matérias que tramitam sobre a reforma política. A proposta é concluir essa etapa dos trabalhos em 40 dias e encaminhar os projetos para as Comissões de Constituição e Justiça (CCJ) das duas Casas.
“Há uma imposição da consciência nacional de que a reforma tem de ser feita. E a maneira de fazer é tomando decisões que, até agora, não tinham sido tomadas com essa conjunção de esforços. Vamos colocar o tema na agenda nacional, para que a nação reflita e possamos encontrar o melhor caminho para melhorar a vida política no país”, disse o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), em entrevista à imprensa.
No início de fevereiro, os ministro da Justiça, Tarso Genro, e das Relações Institucionais, José Múcio, entregaram ao Congresso o texto final da proposta de reforma política do Executivo. A proposta, é composta de velhas idéias e, pelo teor, dificilmente será votada por completo na atual legislatura (leia a análise).
No final do ano passado, a Câmara encerrou seus trabalhos legislativos sem chegar a um consenso sobre o texto da reforma política que tramita na Casa com projetos desde a década de 1990. Membros da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) chegaram a propor que uma nova reforma política seja discutida após as eleições de 2010. (Congresso em Foco)

quinta-feira, fevereiro 26, 2009

Inadimplência das pessoas físicas é a mais alta desde maio de 2002

Dados divulgados nesta quinta-feira (26) pelo Banco Central mostram que a taxa de inadimplência das operações de empréstimos das pessoas físicas alcançou 8,3% em janeiro deste ano, a mais elevada desde maio de 2002, quando estava em 8,4%.

"A inadimplência de fato cresceu. Para janeiro, isso não causa estranheza. Em quase todos os meses de janeiro, tivemos elevação da inadimplência no passar do ano. Se deve a um maior comprometimento das famílias e leva a atraso de pagamentos. É um mês em que está se pagando dispêndios de dezembro e há também gastos com matrículas. Evidente que tem algum efeito da crise, mas já começa a haver retomada", avaliou o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes.

Segundo ele, o Banco Central está sempre atento a estes números. "A inadimplência é alta pelo padrão observado ao longo de 2007 e 2008. Mas hoje essa evolução mais recente não mostra aceleração tão significativa assim. Tem que monitorar. A expectativa é que esse nível de inadimplência se estabilize e caia mais adiante", disse Lopes.

O chefe do Departamento Econômico do BC acrescentou que a inadimplência das pessoas físicas também está "muito marcada" pela carteira de financiamento de veículos do bancos, ou seja, por suas operações de vendas de automóveis. Nestas operações, a taxa de inadimplência somou 4,7% em janeiro, o maior patamar da série histórica, iniciada em 2000.

No caso das empresas, a taxa de inadimplência somou 2% em janeiro deste ano, o maior valor desde fevereiro do ano passado. Também é a mesma taxa de inadimplência registrada em janeiro de 2008. A taxa geral de inadimplência, por sua vez, que abrange as operações de pessoas físicas e de empresas, somou 4,6% em janeiro deste ano, a mais alta desde agosto de 2007 (4,7%). "Dadas as condições que passamos no fim do ano, não é nada extraordinário", disse Lopes.

quarta-feira, fevereiro 25, 2009

Barack Obama vai homenagear Stevie Wonder com prêmio especial


Primeiro foi Stevie Wonder, que cantou para celebrar a posse de Barack Obama na presidência dos Estados Unidos. E agora será a vez de o presidente americano retribuir a homenagem ao astro da música pop, a quem chama de "seu herói musical".

Nesta quarta-feira, 25, Obama e a primeira-dama, Michelle Obama, entregarão a Wonder o prêmio Gershwin de canção popular, em cerimônia que será realizada na sala leste da Casa Branca.

Além do casal Obama, a homenagem terá a participação de artistas como Martina McBride - que cantará a música "You and I", de Wonder -, Will.I.Am, Tony Bennett, India Arie e Paul Simon. As informações são do site da revista "People".

Em entrevista à revista "Rolling Stone" no ano passado, Barack Obama contou que começou a gostar para valer de música através de discos de Stevie Wonder lançados nos anos 70, como os clássicos "Talking book", "Innervisions" e "Songs in the key of life". "Ele é um cara que eu amava", disse o presidente americano.(Ego)

terça-feira, fevereiro 24, 2009

Brasil e Chile são os países latino-americanos que menos sentirão a crise, diz Banco Mundial


O Brasil, ao lado do Chile, é o país da América Latina que menos sentirá as consequências da atual crise econômica, "a pior" dos últimos 80 anos, segundo a vice-presidente do Banco Mundial para a América Latina e o Caribe, Pamela Cox.
No entanto, o crescimento da economia latino-americana cairá bruscamente em 2009, para 0,3%, disse Cox. O prognóstico de crescimento para a região foi anunciado em Madri, durante o Fórum da Tribuna Ibero-Americana, organizado pela Casa da América e pela agência de notícias Efe.
A vice-presidente regional do banco ressaltou que as previsões do órgão para a América Latina caíram de tal modo que em setembro havia sido calculado que a região cresceria 2,7% neste ano.
Em janeiro último, porém, a expansão prevista já tinha caído para 1%, e agora em fevereiro caiu ainda mais, para 0,3%. Cox chegou a prever que países como o México podem entrar em recessão.
Ela esclareceu que a repercussão da crise financeira "não será a mesma" em cada um dos países da América Latina, que até 2008 registrou dados macroeconômicos muito bons.
A funcionária do BM afirmou ainda que "os impactos serão mais duros" em países com economias vinculadas aos Estados Unidos ou dependentes das exportações.
No primeiro caso, citou como exemplo México, América Central e Caribe. Já no segundo, apontou Venezuela e Equador, que exportam petróleo aos EUA.
Cox lembrou ainda que, segundo as previsões do banco, em 2009 a economia mundial crescerá cerca de 1%.(Efe)

segunda-feira, fevereiro 23, 2009

Congresso ainda esconde a maior parte de seus gastos


Responsável por um Orçamento de R$ 6,3 bilhões neste ano (que supera a receita anual da Paraíba), o Congresso ainda tem pouca ou nenhuma transparência sobre a aplicação da maior parte desses recursos.
A Câmara dos Deputados decidiu na semana passada que colocará na internet a prestação de contas da chamada verba indenizatória --para ressarcimento de gastos com escritório nos Estados--, mas essa rubrica representa apenas 15%, em média, de tudo aquilo que é destinado aos congressistas a título de auxílio ao mandato.
A prestação de contas e os dados de todas as outras verbas permanece, na maior parte, sob sigilo. Um exemplo se dá em relação à cota destinada à compra de passagem aérea, que reserva, mensalmente, valores que podem chegar a R$ 20 mil.
Como é comum não haver uso de toda a cota, parlamentares emitem bilhetes em nomes de terceiros. Na Câmara, só é sabido o valor da cota reservada a cada Estado: não há informação sobre quanto cada um usou nem o beneficiário do bilhete.
No Senado, sabe-se apenas que cada senador tem direito a quatro passagens mensais ida e volta, de Brasília ao Estado.
Sobre as cotas postais, telefônicas, no uso da gráfica e do auxílio-moradia, há apenas informação sobre o valor a que cada um tem direito: não é possível saber o teor das cartas enviadas aos eleitores, o gasto telefônico de um parlamentar ou o quanto ele usa de auxílio-moradia.
O sigilo se estende à folha de pessoal. É quase impossível saber quem são, quantos são e onde trabalham os assessores dos gabinetes dos congressistas --é preciso pesquisar em uma infinidade de informações pulverizadas em boletins internos.
A assessoria da Câmara argumenta que a verba indenizatória difere das outras verbas: "Elas representam gastos direcionados, com valores fixos". Diz ainda que o nome dos assessores de gabinete está disponível nos boletins administrativos de circulação interna. O Senado não respondeu à Folha.
Um avanço surgiu em 2006 quando a Câmara pôs na internet o nome e o gabinete onde trabalham os CNEs (cargos de livre nomeação) para abastecer as áreas técnicas da Casa. Esses cargos eram normalmente utilizados para abrigar parentes e apadrinhados de deputados. "A questão dos assessores me parece a pior de todas. Assessoria de gabinete é um mercado de trabalho para os cupinchas, para a raia miúda dos partidos", diz Claudio Weber Abramo, da ONG Transparência Brasil.
Outro dado sobre o qual paira sigilo quase total é o reembolso dos supostos gastos médicos dos congressistas. Ata de uma das últimas reuniões da Mesa Diretora da Câmara revela preocupação da cúpula da Casa com a prestação de contas apresentada pelos deputados.
Instado pelo então presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), a falar sobre a fiscalização das notas fiscais, o diretor do Departamento Médico, Luiz Henrique Hargreaves, revela que "o Demed se louva muito na confiança da documentação apresentada": "Dizendo que esta tem sido constante preocupação do departamento médico, finalizou enfatizando que, para aprofundar a fiscalização, o Demed teria de contar com maior estrutura na área de auditoria e de perícia."
O sigilo destoa da transparência do Senado e da Câmara em relação ao processo legislativo. Em seus sites é possível saber o inteiro teor dos projetos, votações e discursos.(Folha)

domingo, fevereiro 22, 2009

Europa pede US$ 500 bilhões para que FMI impeça nova crise

Os líderes europeus do G20 (que reúne os países mais ricos e os principais emergentes) concluíram neste domingo que o FMI (Fundo Monetário Internacional) deve contar com pelo menos US$ 500 bilhões para impedir futuras crises financeiras, afirmou o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown.
"Decidimos que as instituições internacionais devem ter US$ 500 bilhões para permitir a elas não apenas enfrentar as crises, como também impedi-las", disse Brown, ao ser consultado sobre a crise bancária na Europa Central e do Leste, onde várias moedas se desvalorizaram fortemente e há o temor de uma onda de moratórias.
Leia a cobertura completa da crise nos EUAEntenda a evolução da crise que atinge a economia dos EUA
"Precisamos de uma ação internacional para ajudar os bancos da Europa Central e do Leste", onde vários bancos da Europa Ocidental estão fortemente expostos, acrescentou Brown, ressaltando que esse problema poderia ser resolvido por um FMI fortalecido.
Na declaração final da reunião com ministros e chefes de Estado ou governo de Alemanha, França, Reino Unido, Itália, Espanha e a República Tcheca, que se preparam para a cúpula do G20 programada para abril, os líderes europeus pediram especificamente a duplicação dos recursos do Fundo "para permitir a ajuda a seus membros de maneira rápida e flexível quando passarem por dificuldades em seu balanço de pagamentos".
O FMI advertiu em várias oportunidades que sua capacidade de ajudar membros em dificuldades poderá se esgotar caso a atual crise econômica se mantenha. O Japão já anunciou que emprestaria ao FMI até US$ 100 bilhões.

Recuperar a confiança

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, disse hoje, por sua vez, que as propostas elaboradas em Berlim pelos principais países da União Europeia (UE) têm como fim "recuperar a confiança dos mercados" e a criação de "uma nova ordem financeira internacional". Ela disse ainda que os países da UE chegarão ao encontro de abril com uma postura "sólida e conjunta".
"Londres deve ser um sucesso", disse Merkel. Segundo ela, as propostas da UE ajudarão na solução da crise financeira e econômica mundial. os representantes europeus do G20 ainda concordaram em regular e vigiar todos os produtos, atores e mercados financeiros --nenhum mercado financeiro, nenhum produto financeiro, nenhum ator dos mercados pode atuar sem regulação ou vigilância, disseram fontes do governo alemão ouvidas pela agência de notícias France Presse.
A exigência de uma regulação direta dos "hedge funds" já não é questionada por nenhum dos participantes. Os "hedge funds", altamente especulativos e pouco regulados, são considerados uma das principais causas de instabilidade dos mercados financeiros. Até agora, os britânicos pareciam reticentes em regulá-los.
A crise econômica que teve início em 2007, com o colapso do mercado de hipotecas "subprime" (de maior risco) nos EUA, já jogou diversas economias em recessão, além da americana. No último dia 13, a Eurostat, a agência europeia de estatísticas, informou que a economia da zona do euro caiu 1,5% no quarto trimestre, acentuando a recessão em que o grupo de países que utiliza a moeda comum europeia já se encontra. A UE como um todo também entrou em recessão, após a queda de 1,5% do PIB (Produto Interno Bruto) também no trimestre passado.

Crise e recessão

A queda na economia da zona do euro foi a maior desde que a região foi criada, em 1999, e ficou perto do que esperavam os analistas. Na comparação com o quarto trimestre de 2007, a economia da zona do euro teve queda de 1,2%. Para a UE como um todo, a contração no quarto trimestre do ano passado, quando comparado ao mesmo período de 2007, foi de 1,1%.
A zona do euro já havia registrado contrações de 0,2% no segundo e no terceiro trimestres de 2008. O dado de hoje veio apenas confirmar que a região vem sofrendo um impacto acentuado da crise econômica.
Algumas das principais economias europeias também já se encontram em recessão. Na Alemanha, a queda foi de 2,1% no trimestre passado; na Holanda, a queda foi de 0,9% no trimestre passado; e na Itália a queda foi de 1,8% no quarto trimestre de 2008. Todos esses países já haviam registrado contração econômica no terceiro trimestre.
O Banco da Inglaterra (BC britânico), por sua vez, já informou que o Reino Unido está em uma "profunda recessão" e não deve voltar a apresentar crescimento econômico até o fim deste ano.
Para a cúpula do G20, o diretor-geral do FMI (Fundo Monetário Internacional), Dominique Strauss-Kahn, disse em entrevista ao jornal "Les Echos" na semana passada que espera decisões "sobre a regulamentação financeira e a saída da crise", assim como "uma modificação dos instrumentos e do funcionamento da governabilidade mundial".
Strauss-Kahn ainda avaliou que o G20 vai se tornar, provavelmente, em uma "espécie de órgão de governabilidade mundial", mas que será preciso ampliá-lo aos países africanos e ao Oriente Médio, já que em "termos de legitimidade, ter apenas os 20 maiores PIB mundiais já não é suficiente". (France Presse-Berlim)

sexta-feira, fevereiro 20, 2009

Desemprego sobe e atinge 1,9 milhão de pessoas

Pesquisa divulgada nesta sexta-feira (20) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela que o nível de desemprego no país aumentou em janeiro. De acordo com os dados, a taxa de desocupação subiu 1,4 ponto percentual em relação a dezembro e alcançou 8,2% no começo deste ano.
A população desempregada é hoje de 1,9 milhão, enquanto 21,2 milhões de brasileiros compõem a população economicamente ativa no país. Desse total, 9,5 milhões trabalham com carteira assinada.
Segundo a pesquisa, o rendimento médio subiu em 2,2%, resultando em uma receita média de R$ 1.318,70. O rendimento médio real domiciliar per capita foi de R$ 840,62.
A pesquisa foi realizada nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Porto Alegre. Regionalmente, na comparação mensal, os indicadores mostram que nas regiões de Salvador, Belo Horizonte, São Paulo e Porto Alegre o índice de desemprego caiu.(Congresso em Foco)

quinta-feira, fevereiro 19, 2009

Jornalista que atirou sapatos em Bush será julgado nesta quinta-feira

O jornalista iraquiano Muntazer Al-Zaidi, que em dezembro do ano passado atirou sapatos contra o então presidente dos Estados Unidos George W. Bush, será julgado nesta quinta-feira (19/02), na Corte Criminal Central do Iraque. Em sua defesa, vai alegar que exerceu o direito de liberdade de expressão.
Al-Zaidi poderá ser condenado a até 15 anos de prisão por agressão a um chefe de Estado estrangeiro, caso o juiz considere que foi uma agressão caracterizada. Se o tribunal caracterizar o fato como uma tentativa de agressão, a pena varia de um a cinco anos de prisão.
"Exigimos a anulação do processo e a libertação", declarou Dhiaa al-Saadi, que dirige a equipe de defesa do jornalista, composta por 25 advogados.
Com informações da AFP.

segunda-feira, fevereiro 16, 2009

Vencedores de concurso da UNESCO viajam à Espanha

Autores de trabalho e desenho selecionados no concurso Ciência pela Paz e pelo Desenvolvimento conhecerão Comunidade Autônoma de Aragon.

Os vencedores do Concurso de Trabalhos e Desenhos “Ciência pela Paz e pelo Desenvolvimento”, Victor Henrique da Silva Menezes e Natane Suellen dos Santos Marques, ambos de 16 anos, receberão, no carnaval, o prêmio pelos melhores trabalhos de cada categoria do concurso: domingo, 22, os estudantes de São Paulo e da Paraíba embarcam para a Espanha, onde conhecerão a Comunidade Autônoma de Aragón e a capital espanhola, Madrid. A viagem é uma cortesia da União Européia por meio do Governo de Aragón, da empresa IDOM S.A. e da Fundación para El Desarrollo de las Nuevas Tecnologias Del Hidrogênio, sediadas na região.
Victor Menezes, aluno do 2º ano do ensino médio da Escola Estadual Professora Julieta Guedes de Mendonça, de Dracena (SP), conquistou o primeiro lugar na categoria trabalho escrito com Contos da Natureza. Natane Marques, estudante do 2º ano do ensino médio da Escola de Educação Básica e Profissional da Fundação Bradesco, em João Pessoa (PB), foi autora do melhor trabalho na categoria Desenho (foto). O concurso teve como tema “Diversidade e Desenvolvimento Sustentável”.
Além da viagem à Espanha, Natane e Victor ganharam livros e tiveram seus trabalhos divulgados junto aos dos demais participantes do concurso em uma edição especial publicada pela UNESCO. Os segundo e terceiro lugares nas duas categorias ganharam uma viagem nacional para conhecer centros de pesquisa e os demais participantes do concurso, coleções de publicações da área científica, além de certificados. O Concurso de Trabalhos e Desenhos “Ciência pela Paz e pelo Desenvolvimento” foi promovido em 2008 pela UNESCO e outros 18 parceiros em comemoração ao Dia Mundial da Ciência pela Paz e pelo Desenvolvimento, celebrado em 10 de novembro.(ONU)

sábado, fevereiro 14, 2009

A classe média e a crise mundial - Por Luciana Lopez

Apesar da crise financeira mundial ser o prato do dia em quase toda a imprensa nacional e internacional,o mercado interno no Brasil aparentemente parece não estar muito interessado em adiar as suas compras, sobretudo a nova classe média brasileira.

O Distrito Federal é um bom exemplo disso, durante dez dias, oito mil lojas participaram do ‘Liquida DF’, que tem por objetivo aquecer as vendas no período entre o Natal e o Dia das Mães.As lojas entram na campanha e dão descontos de até 60%.O evento está em sua 7ª edição e parece ter fôlego para mais outros tantos anos.

De acordo com o IBGE a situação atípica em tempos de crise é explicada pela estabilidade do funcionalismo público e a ânsia de consumo da classe “C”, que atualmente já representa 50% da população brasileira.A pesquisa aponta que o consumo elevado deve permanecer por mais alguns meses, mesmo com o desaquecimento econômico global.

A Câmara de Dirigentes Lojistas do Distrito Federal(CDLDF), responsável pela campanha estima uma previsão de 5% de aumento nas vendas, o que de certa forma é ainda considerado pequeno, se comparado aos números dos anos anteriores,onde as vendas chegaram a alcançar um crescimento de 15 a 25%.

Especialistas afirmam que o governo deve continuar com as linhas de crédito e as vendas a prazo, para que o mercado interno não deixe de comprar,e assim a economia não sinta tanto os efeitos da crise.O governo terá que gastar mais para garantir que a população continue neste ritmo de consumo tornando o mercado sustentável até o fim da crise.Mas o consumidor está bem atento na hora de fazer as suas compras,muitos têm optado em fazê-las à vista ,desta forma o seu poder de barganha, é uma boa estratégia na hora de pedir descontos.

sexta-feira, fevereiro 13, 2009

Bombas de Fragmentação em Hospital no Sri Lanka

O uso de bombas de fragmentação nestas circunstâncias pode constituir crime de guerra
A Amnesty International denuncia o uso, por parte do Exército do Sri Lanka, de bombas de fragmentação em área civil como uma violação grave do direito internacional humanitário.
De acordo com um porta-voz da ONU, o principal hospital da cidade de Puthukkudiviruppu foi atingido por várias bombas de fragmentação e teve que ser evacuado. O hospital, que tem sido alvo de vários ataques nos últimos dias, foi bombardeado durante 16 horas.

“O uso de bombas de fragmentação nestas circunstâncias pode constituir crime de guerra. Estas bombas são intrinsecamente indiscriminadas devido à extensa superfície que cobrem, representando um perigo para todas as pessoas - inclusive civis - que têm contato com elas. Estas bombas estão proibidas pela Convenção sobre Munições de Fragmentação” declarou Sam Zarifi, diretor do Programa Regional para a Ásia e Oceania da Amnesty International.

“Não há a devida prestação de contas, pelas partes envolvidas, em relação ao cometimento de graves violações do direito internacional humanitário neste conflito. O governo do Sri Lanka tem a obrigação de investigar os crimes de guerra e, sempre que haja provas admissíveis, processar as pessoas que são supostamente responsáveis por estes crimes” acrescentou Sam Zarifi.

Informação complementar

De acordo com a Convenção sobre Munições de Fragmentação, de 30 de maio de 2008, a Amnesty International se opõe ao uso, transferência e estocagem de munições de fragmentação e pede a todos os Estados que ratifiquem a Convenção. O Sri Lanka não é Estado-Parte desta Convenção.

As bombas ou munições de fragmentação espalham uma quantidade de explosivos menores por uma extensa superfície, que corresponde a vários campos de futebol. Podem ser lançadas de um avião ou disparadas por artilharia ou lança-foguetes. Dependendo do tipo de submunição utilizado, 5 a 20 por cento das pequenas bombas (submunição) de fragmentação não explodem, permanecendo como lixo de guerra e representando uma ameaça semelhante a de minas terrestres antipessoal para a população civil . O uso destas bombas em áreas de concentração de civis viola a proibição de ataques indiscriminados.
Os restos explosivos das bombas de fragmentação atrapalham o trabalho de reconstrução e reabilitação pós-conflito. O perigoso trabalho de limpeza dessas bombas consome recursos que poderiam ser canalizados para outras necessidades humanitárias urgentes.
Atualmente há mais de 300.000 civis cercados na região oriental do Sri Lanka, onde se intensificaram os combates entre os Tigres de Libertação de Eelam Tamil e o Exército. Centenas de pessoas já perderam a vida ou ficaram feridas na região de Wanni. Informes recentes indicam que ambas as partes estão violando as leis de guerra ao atacarem civis e impedirem que fujam para locais seguros.


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segunda-feira, fevereiro 02, 2009

A crise econômica e as pequenas empresas - Por Luciana Lopez

Desde outubro de 2008 só se fala na crise econômica mundial.Os mercados internacionais foram afetados, o crédito, os empréstimos, a situação dos bancos e também a vida das pessoas de modo geral.A situação é crítica em muitos países, principalmente para o pequeno empresário que não conta com a ajuda generosa dos governos, isso acontece em vários países,no Brasil a situação se repete.
As pequenas empresas brasileiras são aquelas que costumam conviver com os empréstimos e financiamentos na boca do caixa,onde normalmente os contratos são rígidos,inflexíveis e de curto prazo e é este o capital de giro que elas têm para entrar e permanecer no mercado competitivo.De acordo com dados divulgados pelo Sebrae a longevidade das pequenas e médias empresas brasileiras têm melhorado nos últimos anos em decorrência da mudança do perfil do empreendedor, que passou a ter maior profissionalismo e mais escolaridade, estas duas variantes afetam diretamente a vida útil das empresas.Mas há outros aspectos que devem ser levados em consideração: como a diversificação dos interesses dos negócios, as empresas já não são mais individuais, mas sim sociedades e com maior participação das licitações governamentais, o que aumenta o grau de profissionalismo e também a imagem positiva das empresas.O empresariado melhorou o seu status, ele agora planeja o seu negócio com muito mais responsabilidade, ter uma pequena ou média empresa no Brasil deixou de ser uma aventura e realmente passou a ser considerado uma possibilidade de real de vida profissional e financeira.Estas empresas geram renda, geram empregos diretos e indiretos e fazem a economia local circular.
No cenário de instabilidade econômica que estamos vivendo o empreendedor de pequeno porte tem como foco principal a gestão financeira de sua empresa e ao contrário do que os pessimistas apregoam, esta crise econômica pode gerar bons frutos e excelentes negócios para aqueles que estão atentos as oportunidades.
Alguns segmentos podem ganhar mais peso e importância neste período de turbulência, como é o caso das empresas que lidam com saúde, meio ambiente, tecnologia, educação e serviços pessoais ,é interessante também que o empresariado esteja consciente da importância da participação de seu produto ou serviço e se prepare para a retomada do crescimento da economia, sobretudo nos países da América Latina, em especial o Brasil que desponta como cabeça do novo eixo econômico e este crescimento será alavancado pelo consumo interno que tende a se acelerar com a diminuição das desigualdades sociais e a maior participação das classes C,D e E na economia.