segunda-feira, janeiro 31, 2011

Analistas elevam projeção de inflação para 2011

A estimativa de analistas do mercado financeiro para a inflação oficial, neste ano, subiu pela oitava semana seguida. A projeção para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 5,53% para 5,64%. Para 2012, a expectativa foi alterada de 4,54% para 4,70%, alta pela segunda semana seguida. As informações constam do boletim Focus, divulgado toda segunda pelo Banco Central (BC).
 
As estimativas estão acima do centro da meta de inflação de 4,5%, mas dentro do limite superior de 6,5%. Cabe ao BC perseguir a meta de inflação e para isso usa como principal instrumento de controle da demanda de bens e serviços a taxa básica de juros, a Selic. Na expectativa dos analistas, essa taxa deve encerrar este ano em 12,50% ao ano, contra 12,25% ao ano previstos no boletim da semana passada. Atualmente, a taxa Selic está em 11,25% ao ano. Para o fim de 2012, a projeção continua em 11% ao ano.

domingo, janeiro 30, 2011

Resultados oficiais confirmam que mais de 99% querem separação do Sudão

Os primeiros resultados oficiais da consulta popular realizada no Sudão mostram que 99,57% dos eleitores votaram pela independência da parte sul. A escolha ocorreu entre os dias 9 e 15 de janeiro. Os números finais serão oficializados a partir de 6 de fevereiro. No total, 3,8 milhões de eleitores compareceram às seções eleitorais.

O Sudão do Sul (nome não oficial) deverá ser o 54º país africano a ser reconhecido pela comunidade internacional. A data marcada para a independência é 9 de julho. O país já tem até hino nacional e bandeira escolhida.

O anúncio dos primeiros resultados aconteceu em Juba, capital do futuro país, no túmulo de John Garang, que liderou o Sul durante a guerra civil. Ele morreu em um acidente de avião logo depois da assinatura do acordo de paz, em 2005.

O Sul do Sudão vive de forma mais autônoma da capital Cartum desde o fim da guerra civil, em 2005. O conflito, que durou 23 anos, deixou mais de 1,5 milhão de mortos. A região, do tamanho do estado de Minas Gerais, é uma das mais pobres do mundo.

Como parte do acordo de paz, assinado entre o Norte (majoritariamente muçulmano) e o Sul (cristão ou seguidor de religiões locais), ficou acertado que uma consulta popular iria definir o futuro da parte sul. Somente sulistas puderam votar.

A solução desagradou boa parte dos líderes africanos, que temem que o exemplo tente ser seguido em outras áreas onde há conflitos étnicos, religiosos ou dificuldades econômicas. A medida quebra um princípio definido em 1963, quando da Organização dos Estados Africanos, que dizia que as fronteiras deixadas pelos colonizadores europeus iriam permanecer, por mais artificiais que fossem.

Em 1993, a Eritreia separou-se da Etiópia. Mas o país já existia antes, tendo sido anexado ao território etíope em 1962, logo depois da independência da Itália.

Além das divisões étnicas e religiosas, a riqueza do solo do Sul também é motivo de tensão. Boa parte das reservas de petróleo do Sudão estão lá. Mas as estrutura de refino e distribuição, bem como a saída para o mar, estão no Norte.

As fronteiras exatas do novo país ainda não foram definidas, bem como as regras de relacionamento e distribuição de bens com o Norte. A região de Abyei, rica em petróleo, exatamente na fronteira, é desejada pelos dois lados.

Nos últimos meses, o presidente Omar Al Bashir afirmou várias vezes que iria aceitar os resultados, mesmo que fossem pela separação, algo visto com ceticismo pelos analistas internacionais. O atraso no alistamento dos eleitores, finalizado apenas em dezembro, fez com que fossem grandes as dúvidas sobre a realização da consulta na data prevista – o que acabou ocorrendo.

FMI vê deterioração 'brusca' das contas fiscais do Brasil

 

O FMI (Fundo Monetário Internacional) divulgou na última quinta-feira, em Washington, um relatório em que afirma que a deterioração nas contas fiscais do Brasil “é particularmente brusca” e vai impedir que se alcance a meta de superávit primário.

"Espera-se agora que o governo não alcance sua meta fiscal (superávit primário da ordem de 3% do Produto Interno Bruto, PIB) por ampla margem", diz a atualização do relatório Fiscal Monitor, que analisa dívidas e déficit global.

O governo brasileiro vem sofrendo críticas de analistas por manter uma política fiscal muito relaxada e, diante do excesso de gastos, ser obrigado a recorrer a uma política monetária mais rígida para manter a inflação sob controle, aumentando a taxa básica de juros.

Diante da pressão inflacionária, o Banco Central elevou na semana passada a taxa básica de juros (Selic) em 0,5 ponto percentual, de 10,75% para 11,25%, interrompendo um período de seis meses de estabilidade.

O Banco Central também divulgou a ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) na qual projeta que a meta de superávit primário para 2011 será cumprida sem ajustes.


No documento, o Banco Central afirma ainda que, "os desenvolvimentos no âmbito fiscal são parte importante do contexto no qual decisões futuras de política monetária serão tomadas, com vista a assegurar a convergência tempestiva da inflação para a trajetória de metas".

sábado, janeiro 29, 2011

Irã enforca cidadã com nacionalidade holandesa

 
Zahra Bahrami, com dupla nacionalidade iraniana e holandesa, foi executada este sábado por tráfico de droga, de acordo com os oficiais iranianos. Assim que foi oficialmente confirmada a sua execução, o ministro dos Negócios Estrangeiros holandês declarou o corte de relações com o Irã.

Refrigerante de maconha é lançado nos EUA

 
 Aportando nos bares e supermercados do Estado americano do Colorado um tipo de refrigerante produzido à base de maconha. Chama-se “Canna Cola e contém em média 50 miligramas de tetrahidrocanabinol (componente psicoativo da maconha). Além do sabor cola, existem os sabores limão, uva e laranja. Cada garrafa custará US$ 15.
 

ACM Neto acusado de velhas práticas...


Os deputado Fernando Torres (BA) se queixa de estar sob ameaça de retomada de velhas acusações contra ele, na mídia baiana.

Outro deputado, Cláudio Cajado, cuja mulher é prefeita de Dias D’Ávila, também reclama de retaliações por não declarar voto em ACM Neto.

ACM Neto nega, indignado, suposta perseguição a adversários baianos no próprio DEM. E desafia os anunciantes a provarem a acusação.(CH)

Empresários de Friburgo criticam demora na liberação de recursos após enchentes



Empresas de Nova Friburgo arrasadas pelas enchentes de 12 de janeiro estão criticando a demora na liberação dos recursos prometidos pelo governo para ajudar a recuperar seus negócios.

O presidente do Sindicato das Indústrias de Metal Mecânico (Sindimetal) de Nova Friburgo, Claudio Tangari, diz que a “burocracia” está impedindo que a linha de crédito de R$ 400 milhões anunciada na semana passada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) chegue às mãos de empresários que tiveram prejuízos de até R$ 300 milhões.

“Achávamos óbvio que essa verba chegasse rápido, mas até agora não vimos a cor do dinheiro”, afirmou Tangari.

Ele alega que a demora na liberação do dinheiro, aliada às exigências impostas para o acesso ao crédito, vão atrasar os planos de recuperação das empresas.

Entre os documentos que devem ser apresentados aos agentes financeiros credenciados ao BNDES estão uma licença de operação, além de uma série de certidões.

“Algumas firmas perderam tudo com a enchente. Vai demorar uma eternidade para conseguir a segunda via desses documentos”, critica Tangari.

“Friburgo está em estado de calamidade pública. Não está na hora de se operar pelas formas tradicionais de liberação de empréstimos. A lei tem que ser relaxada para que o dinheiro saia logo e as empresas possam honrar com seus compromissos”, afirma o presidente do Sindimetal.

Dispensa

O BNDES informou que vai dispensar as empresas de fazer o registro do contrato de financiamento em cartório, o que significa uma despesa a menos.

Para que os R$ 400 milhões prometidos pelo Programa BNDES Emergencial de Reconstrução - Rio de Janeiro (BNDES PER Rio de Janeiro) sejam disponibilizados é necessária a publicação de uma circular do banco orientando os agentes financeiros credenciados sobre como proceder na concessão de financiamento.
Além disso, o Ministério da Fazenda tem de emitir uma portaria confirmando as condições de crédito.

Por meio de sua assessoria de imprensa, o BNDES informou que a publicação da circular, marcada para quinta-feira, foi adiada para esta sexta-feira. Já o Ministério da Fazenda não informou quando a portaria será emitida.

De acordo com as regras, cada empresa terá direito a até R$ 100 mil para repor capital de giro e R$ 1 milhão para compra de máquinas e equipamentos.

Os juros são fixos em 5,5% ao ano e o prazo de pagamento é de 120 meses, com dois anos de carência.

sexta-feira, janeiro 28, 2011

Egípcios desafiam toque de recolher e militares nas ruas

Brasil é destino cada vez mais atraente para jovens cientistas, diz Economist

Em sua edição desta semana, a revista brtânica The Economist afirma que o Brasil vem se tornando um destino cada vez mais atraente para a realização de pesquisas científicas e acadêmicas. 

A revista traz dados que mostram o crescimento dessa área no país e cita iniciativas do governo que impulsionaram a pesquisa, que é um dos líderes mundiais em pesquisa, especialmente nas áreas de medicina tropical, bioenergia e biologia botânica.

No entanto, afirma que o maior trunfo do Brasil são as possibilidades oferecidas pelas universidades brasileiras para que os pesquisadors possam avançar.

"Você pode ter seu próprio laboratório aqui e pode até começar uma linha de pesquisa totalmente nova. Aqui, você é um pioneiro", afirma a geneticista botânica da Unicamp, na publicação.

Além disso, a revista destaca o fato de que as bolsas para pesquisadores iniciantes têm um valor equiparável aos padrões mundiais, mas faz uma ressalva: o mesmo não acontece para acadêmicos mais experientes.

Incentivo

"No entanto, a Fapesp está tentando (mudar essa cenário). A instituição publicou um anúncio na revista científica Nature sobre um progama de dois anos para se estudar em universidades de São Paulo", afirma a publicação.

"E apesar de a maioria das respostas ter vindo de cientistas de início de carreira, são os mais experientes que estão sendo chamados para conversar. E a Fapespa espera que durante esses dois anos, eles aprendam o português e - alguns deles - decidam ficar no país."

Segundo a revista, o Brasil formou 500 mil alunos no ensino superior e 10 mil PhDs em um ano - dez vezes mais do que há 20 anos. O país também aumento sua participação no volume total de estudos científicos publicados no mundo: de 1,7% em 2002 para 2,7% em 2008.

A Economist afirma ainda que fazer parte da iniciativa científica global está ligado também ao orgulho nacional. "Ao investir em ciência em seu próprio território, países tropicais garantem que não são apenas os problemas das nações ricas e temperadas que são resolvidos"

Espanha tem número recorde de desempregados

A taxa de desemprego na Espanha voltou a crescer no último trimestre do ano passado e atingiu 20,33%, maior nível desde 1997, segundo os dados oficiais divulgados nesta sexta-feira pelo governo espanhol.

Segundo o Instituto Nacional de Estatísticas (INE), o total de pessoas procurando emprego no país chegou a 4.697 milhões, maior número absoluto desde o início das estatísticas oficiais, em 1976.

O nível de desemprego da Espanha é o maior entre os países desenvolvidos.

O aumento do desemprego no último trimestre ocorreu após um respiro no trimestre anterior, quando a taxa havia caído pela primeira vez desde 2007.

A Espanha é um dos países mais afetados pela crise econômica global iniciada em 2008. O estouro de uma bolha no mercado imobiliário levou a Espanha a enfrentar uma grave recessão.

Segundo o INE, o número de famílias com todos os membros desempregados chegou a 1,328 milhão – um aumento de 35.600 em relação ao trimestre anterior -, enquanto o número de lares com todos seus membros empregados caiu 39.400 para chegar a 9.220 milhões.

Os dados indicam ainda que o nível de desemprego entre a população estrangeira da Espanha supera os 30% e está quase 12 pontos acima do nível de desemprego entre os cidadãos espanhois.

quinta-feira, janeiro 27, 2011

Déficit dos EUA deve chegar a valor recorde de US$ 1,48 trilhão

O déficit no orçamento dos Estados Unidos deverá chegar ao valor recorde de US$ 1,48 trilhão (cerca de R$ 2,47 trilhões) neste ano, segundo um relatório divulgado nesta quarta-feira pelo Departamento de Orçamento do Congresso.

É o mais alto em dólares desde o fim da Segunda Guerra Mundial e representa 9,8% do PIB (Produto Interno Bruto) americano, quase se igualando aos 10% registrados em 2009, no auge da recessão.

Em seu relatório, o órgão – que tem a função de fornecer avaliações apartidárias sobre a evolução das finanças do governo – afirmou que os Estados Unidos enfrentam “desafios econômicos e orçamentários assustadores”.

O órgão diz ainda que, apesar de projetar crescimento de 3,1% para a economia americana neste ano e de 2,8% em 2012, essas taxas estão abaixo das registradas após períodos anteriores de crise, e são ainda insuficientes para reduzir o desemprego, atualmente em 9,4%.

"A economia vem lutando para se recuperar da recessão recente, que foi desencadeada por um grande declínio nos preços de imóveis e por uma crise financeira, episódios que este país não via desde a Grande Depressão", diz o relatório.

"Durante a recuperação, o ritmo do crescimento da economia do país tem sido anêmico se comparado com o registrado em outros períodos de recuperação desde a Segunda Guerra Mundial, e a taxa de desemprego permanece bastante alta."(BBC NEWS)

quarta-feira, janeiro 26, 2011

Toyota anuncia recall de 1,7 milhão de veículos pelo mundo

A montadora japonesa Toyota Motors anunciou nesta quarta-feira (26) o recall de cerca de 1,7 milhão de veículos em diversas partes do mundo. A companhia encontrou defeitos que podem causar vazamento de combustível.

De acordo com a Toyota, dezesseis modelos fabricados entre maio de 2000 e outubro de 2008 estão envolvidos no recall. Somente no Japão 12 modelos da marca precisarão realizar o conserto, o que totaliza 1,2 milhão de unidades.

Nos Estados Unidos, cerca de 245 mil modelos de luxo Lexus terão que atender o chamado. O restante está espalhado por outros países da América do Norte, Alemanha e, em menor medida, Rússia e Nova Zelândia.

Juros crescem em dezembro e são os maiores desde maio de 2010

Os juros médios cobrados pelos bancos do consumidor brasileiro subiram em dezembro após um mês de queda e chegaram ao maior patamar em sete meses.

Dados divulgados pelo Banco Central nesta quarta-feira (26) mostram que as taxas passaram de 39,1% para 40,6%, o maior valor desde maio de 2010, quando os juros chegaram a 41,5%.
Apesar da alta no mês passado, resultado do aumento do consumo das famílias com os presentes de Natal, em um ano, o custo do dinheiro diminuiu. Em janeiro de 2010, as taxas médias cobradas pelos bancos estavam em 43% ao ano.

Para as empresas, os juros caíram entre novembro e o mês passado, passando de 28,6% ao ano para 27,9%. As taxas médias do crédito para as empresas têm caído sem parar desde setembro, segundo o BC.
Quanto ao calote dos consumidores (taxa média de inadimplência nas operações de crédito), houve queda entre novembro e dezembro, passando de 5,9% para 5,7%.

terça-feira, janeiro 25, 2011

Impacto do salário mínimo de R$ 545 para municípios seria de R$ 1,3 bilhão

Caso o salário  mínimo seja reajustado para R$ 545 e não para R$ 540, a partir de 1º de fevereiro, os municípios terão um impacto de R$ 1,3 bilhão na folha de pagamento. A afirmação é do presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski. O novo salário mínimo está fixado em R$ 540, mas esse valor ainda está em discussão e poderá ser alterado.

“De 2003 a 2010, só o aumento real representou para os municípios um acréscimo de R$ 10,8 bilhões. Esse dinheiro  poderia ir para outro lugar. A resistência não vem da vontade do gestor ou minha, vem de um conjunto de normas que nós temos de cumprir, principalmente a Lei de Responsabilidade Fiscal”.

Segundo Ziulkoski, o Brasil tem cerca de 5,3 milhões de trabalhadores empregados. Os municípios gastam 60% de seus recursos com pessoal, sendo 54% do efetivo da prefeitura e 6% da Câmara Municipal.
“Temos prefeituras em que o número de servidores que ganham um salário mínimo é muito grande. Quando você aumenta o salário mínimo de uma maneira que supera a inflação, a prefeitura ultrapassa o limite dos 54% e o prefeito é penalizado porque não tem como demitir e não tem como criar tributos”.

Brasileiros gastam US$ 16,4 bi no exterior em 2010


Os brasileiros continuam gastando cada vez mais no exterior. No ano passado, as despesas dos turistas brasileiros fora do país atingiram US$ 16,422 bilhões, recorde histórico, segundo o Banco Central. Em 2009, esse resultado chegou a US$ 10,898 bilhões. Só em dezembro passado, as despesas dos brasileiros atingiu US$ 1,726 bilhão, aumentando o déficit da conta de serviços do balanço de pagamentos do Brasil.


De maneira geral, em 2010, a conta de serviços registrou saídas líquidas de US$ 31,1 bilhões, acréscimo de 61,4% na comparação com 2009. “No caso dos serviços, o principal item de deteriorização [das contas externas] foram as viagens internacionais. O saldo mais elevado da série está vinculado a circunstâncias, como melhora de renda e emprego”, disse o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes.

As despesas líquidas com transportes acumularam déficit de US$ 6,4 bilhões no ano passado, ante US$ 3,9 bilhões em 2009, resultado relacionado com o crescimento da corrente de comércio [exportações e importações]. As despesas líquidas com aluguel de equipamentos ficaram em US$ 13,7 bilhões, elevação de 45,7% na mesma comparação. No caso, o resultado tem a ver com o crescimento da economia brasileira.

As remessas líquidas de royalties e licenças somara em 2010 US$ 2,5 bilhões com crescimento de 18%. Houve um déficit em serviços de computaçao e informações de US$ 3,3 bilhões, resultado superior em 27,4% em comparação ao ano anterior. Os outros serviços resgistraram ingressos líquidos de US$ 7,7 bilhões em 2010, ante US$ 7,2 bilhões em 2009.

O Banco Central informou ainda que o Brasil fechou 2010 com reservas internacionais de US$ 288,6 bilhões e a dívida externa total somou US$ 255,7 bilhões.

Também hoje, o Banco Central divulgou que o saldo em transações correntes do Brasil foi negativo em US$ 3,493 bilhões em dezembro de 2010, acumulando no ano déficit de US$ 47,518 bilhões, equivalente a 2,28% do Produto Interno Bruto (PIB). O resultado é o maior da série histórica em termos nominais. O déficit do ano passado foi praticamente o dobro do registrado nos doze meses de 2009 (US$ 24,3 bilhões ou 1,52% do PIB).

O déficit, no entanto, foi coberto pelos investimentos estrangeiros diretos, que também foram recordes no periodo.

Economia e união política serão foco de discurso de Obama no Congresso



O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fará na noite desta terça-feira o segundo discurso do Estado da União de seu governo, em um momento em que o país busca superar as divisões políticas e a recuperação econômica segue em ritmo abaixo do esperado.

Obama já avisou que o discurso vai se concentrar na economia e na alta taxa de desemprego. Mas o foco das atenções deve ser o apelo por união entre democratas e republicanos, que ganhou força depois do atentado contra a deputada federal Gabrielle Giffords, no início do mês, no Arizona.

Pela primeira vez, no lugar da tradicional separação entre democratas e republicanos, congressistas dos dois partidos vão acompanhar o discurso sentados lado a lado.

A democrata Giffords, que continua internada após ser atingida por um tiro na cabeça, deverá ser homenageada, assim como os seis mortos e 13 feridos no ataque, e as pessoas que ajudaram a salvar e socorrer as vítimas.

O estagiário que socorreu a deputada, Daniel Hernandez, estará sentado perto da primeira-dama, Michelle Obama. Também devem estar presentes os familiares da menina Christina Taylor Green, de nove anos, a vítima mais jovem do ataque.

O apelo por união foi feito por Obama há duas semanas em um discurso na cidade de Tucson, palco do atentado.

O ataque gerou um intenso debate nos Estados Unidos sobre o papel da retórica cada vez mais violenta que opõe liberais e conservadores.

O presidente falou na necessidade de "conversar uns com os outros de maneira a curar, não a ferir".
Desde então, os índices de aprovação de Obama subiram e hoje estão acima de 50% de acordo com algumas pesquisas - o nível mais alto em mais de um ano.

A popularidade de Obama é impulsionada também pela aprovação de projetos importantes no fim do ano passado, graças a um acordo entre a Casa Branca e a oposição republicana.

Balanço

O discurso do Estado da União ocorre em uma sessão conjunta do Congresso, transmitida ao vivo pela TV, e é o momento em que os presidentes americanos falam sobre as conquistas do ano que passou e as propostas para o ano que se inicia.

O desta terça-feira também marca o início da segunda metade do mandato de Obama, que agora enfrenta uma Câmara dos Representantes (deputados federais) dominada pelos republicanos, depois da derrota democrata nas eleições legislativas de novembro do ano passado.

Diante desse cenário, alguns analistas americanos chegam a afirmar que este poderá ser o discurso mais importante do governo Obama, por representar uma chance de aproveitar o bom momento atual e reforçar a ideia de um recomeço com objetivos comuns para uma plateia que, no ano passado, foi de 48 milhões de telespectadores.

Em uma prévia do discurso divulgada em um vídeo enviado aos seus correligionários no sábado, Obama anunciou que seu foco será a economia.

O presidente deverá falar da necessidade de reduzir o déficit fiscal - que, segundo projeções do FMI (Fundo Monetário Internacional), deve ultrapassar 10% do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano e diminuir o tamanho do governo.

No entanto, o presidente também deverá defender mais investimentos em educação, infra-estrutura, pesquisa e desenvolvimento.

Obama deve ainda focar seu discurso na necessidade de maior competitividade e na importância de adotar medidas que garantam a permanência dos Estados Unidos na liderança do ranking das economias globais.

Os republicanos, porém, já avisaram que pretendem fazer o possível para impedir novos aumentos de gastos públicos.

Neste ano, a resposta republicana ao discurso de Obama deverá ficar a cargo de dois congressistas, e não de apenas um, como é o costume.

O presidente da Comissão de Orçamento da Câmara dos Representantes, Paul Ryan, dará a resposta oficial do Partido Republicano.

Logo após o pronunciamento de Ryan, a congressista Michele Bachmann, apoiada pelo movimento conservador Tea Party, dará sua resposta ao discurso de Obama, por meio do site do grupo Tea Party Express.(BBC NEWS)

Twitter vai fechar 2011 com receita de US$ 150 milhões, prevê eMarketer


A receita de publicidade do Twitter vai alcançar 150 milhões de dólares em 2011 e 250 milhões no ano seguinte, prevê a empresa de pesquisas de mercado eMarketer.

No entanto, para alcançar o sucesso no longo prazo, a empresa de rede social e microblog terá de trabalhar dobrado para assegurar que sua primeira onda de anunciantes tenha os resultados esperados de seus gastos com publicidade, afirmou a eMarketer, nesta segunda-feira (24/1).

"Se o Twitter fizer crescer sua base de usuários e convencer os diretores de marketing de seu valor como um veículo alternativo ao Facebook, ele será bem sucedido em obter lucro", disse Debra Aho Williamson, analista principal da eMarketer, em comunicado. "Em 2011, ele deverá trabalhar ainda mais para dar a seus primeiros anunciantes uma experiência positiva."

A maioria dos anúncios publicitários do Twitter, deste ano e de 2012, virá dos Estados Unidos, tal como ocorreu em 2010, quando a empresa gerou 45 milhões em receita, de acordo com as estimativas da eMarketer.

Em comparação, o Facebook encerrou 2010 com 1,86 bilhão de dólares em receita, de acordo com a eMarketer, que prevê que a líder em rede social irá gerar 4 bilhões este ano e 5,7 bilhões em 2012.

Por outro lado, a eMarketer vê a receita do MySpace em declínio, de 288 milhões em 2010 para 184 milhões este ano e 156 milhões em 2012. O MySpace demitiu 500 empregados, ou 47% de sua equipe global, no começo deste mês.

segunda-feira, janeiro 24, 2011

Ações da Ambev superam 44% de valorização em 2010

As ações da Ambev estão entre as que mais valorizaram no Ibovespa. No último ano, o índice atingiu alta de 1,05%, já os papéis da companhia valorizaram 44,75%, no mesmo período. O Ibovespa reúne os papéis mais negociados na bolsa brasileira e é composto por mais de 60 ações. Entre os motivos para essa valorização estão, reconhecimento da qualidade da administração da empresa, posicionamento no mercado de atuação, histórico de bons resultados, perspectiva de crescimento futuro e a política de distribuição de dividendos aos seus acionistas. A companhia ainda realizou investimento recorde de R$ 2 bilhões, em 2010, no Brasil para aumentar em até 15% sua capacidade produtiva.

Bom saber...

No país da piada pronta:

Um motorista do Senado ganha até R$ 19 mil, enquanto o comandante de fragata da Marinha recebe R$ 8 mil.

Na Câmara, há ascensorista recebendo R$ 10 mil; na FAB, um piloto de jato de combate Mirage percebe R$ 7.428 por mês. Brutos

Analistas elevam previsão de inflação pela sétima vez


Analistas e investidores do mercado financeiro elevam pela sétima vez a estimativa de inflação pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). De acordo com o boletim Focus, editado semanalmente pelo Banco Central, a estimativa de inflação subiu para 5,53% ante a expectativa anterior de 5,42%. Já a taxa de câmbio deve ficar em R$ 1,75 no final do ano. O mercado também estima uma taxa básica de juros de 12,25% ao ano e queda na dívida líquida do setor público para 39,30% em comparação ao Produto Interno Bruto (PIB).


A expectativa para o crescimento da economia permaneceu inalterada em 4,5%. O mesmo aconteceu com a projeção da produção industrial que ficou estável em 5,02%.

No setor externo, são previstas melhorias no déficit em conta-corrente que passaria de US$ 67,49 bilhões para US$ 67 bilhões, com o saldo da balança comercial passando de US$ 9 bilhões para US$ 9,27 bilhões. Os investimentos estrangeiros diretos foram mantidos em US$ 40 bilhões.

O boletim Focus destaca ainda que os preços administrados, regulados pelo governo, terão uma elevação de 4,4% em 2011.
 

Presidente italiano envia carta a Dilma pedindo extradição de Battisti


O presidente italiano, Giorgio Napolitano, enviou uma carta à presidente Dilma Roussef, em que explica os motivos pelos quais a Itália voltou a pedir a extradição do ex-ativista político Cesare Battisti, desta vez com um recurso no Supremo Tribunal Federal.

Trechos da carta foram divulgados nesta sexta-feira pelos principais jornais italianos, depois que o documento foi disponibilizado para os advogados que representam o país no processo brasileiro.

Após parabenizar novamente a presidente pela eleição, Napolitano diz que a recusa da extradição de Battisti "é um motivo de amargura e decepção para a Itália" e que "talvez não tenha sido totalmente compreendida a necessidade de justiça (...) dos familiares das vítimas pelos brutais e injustificáveis ataques armados, assim como dos feridos e sobreviventes".

Segundo o jornal italiano La Reppublica o chefe de Estado diz em seguida que a extradição é "uma necessidade de justiça ligada ao empenho das instituições democráticas do meu país e da coletividade nacional, que foram capazes de reagir à ameaça e aos ataques do terrorismo, conseguindo derrotá-lo segundo as regras do Estado de Direito".

A carta afirma ainda que a Itália tem "confiança absoluta no poder judiciário do Brasil" e por isso levou seu pedido ao Supremo Tribunal Federal, mas que também "usará todos os recursos possíveis oferecidos pelo direito internacional" para conseguir a extradição de Battisti com base no acordo entre Brasil e Itália.
A assessoria de imprensa da presidente Dilma Roussef disse que a carta foi recebida no dia 14 de janeiro, e que não há previsão de resposta.

O ex-ativista político Cesare Battisti foi condenado à prisão perpétua pela Justiça italiana, acusado de participação em quatro assassinatos entre 1977 e 1979, quando integrava o grupo Proletários Armados pelo Comunismo. Ele nega as acusações.

Sua extradição foi negada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em seu último dia de governo.

domingo, janeiro 23, 2011

Superaquecimento da economia pode piorar índice da inflação no Brasil

Especialistas brasileiros temem que o superaquecimento da economia chinesa piore o índice da inflação no Brasil. O PIB da China cresceu 10,3% em 2010, o que alimentou expectativas de que Pequim reforçará as medidas para controlar a inflação. Segundo analistas financeiros, o crescimento da China beneficiou o Brasil por algum tempo, mas hoje a situação é outra por causa do sensível cenário da inflação. Informações do Estado de SP.

Câmara vai pagar R$ 12 mil para desodorizar banheiros

Falta pouco mais de uma semana para a posse dos novos legisladores no Congresso Nacional, no dia 2 de fevereiro. Mas, antes, nada melhor do que arrumar a Casa para receber os parlamentares em um ambiente cheiroso e livre de insetos e roedores. Por isso, a Câmara dos Deputados contratou, por R$ 12,4 mil, “serviços de desodorização de banheiros e mictórios” e, por R$ 62,5 mil, “serviços de desinsetização e desratização em áreas comuns e privativas dos blocos de apartamentos funcionais”, em Brasília. Os valores devem cobrir as despesas de todo o ano.


Além disso, a Casa pretende gastar, só em janeiro, R$ 341,7 mil para cobrir despesas com limpeza, portaria, zeladoria e garagista. E para que ninguém fique de fora dos apartamentos ou para evitar que os antigos inquilinos tenham acesso aos abrigos funcionais, serão pagos R$ 2 mil pela confecção de novas chaves. Somados aos R$ 45 mil que a Câmara reservou na última semana para reformar o mobiliário dos imóveis dos deputados, a conta com os últimos preparativos antes da abertura do ano legislativo totaliza quase meio milhão, em menos de sete dias. 


Mas nem todos os gastos curiosos da Câmara dos Deputados beneficiam exclusivamente os nobres parlamentares. Preocupado com a saúde alimentar de muita gente (afinal serão pagos quase R$ 30 mil), o órgão contratou serviços de um restaurante natural que deverá prestar serviços de organização e fornecer lanches, coquetéis, almoços e jantares para eventos. Já a TV Câmara gastará R$ 25,5 mil para medir a opinião pública sobre sua programação. Detalhe: a pesquisa será realizada “junto ao público usuário de antenas parabólicas”. 

sábado, janeiro 22, 2011

Campus Party 2011 é marcada por inovação e problemas


 
Um dos maiores eventos de tecnologia do mundo, fecha as portas neste sábado. Mas o evento, que começou nesta segunda-feira (17) não foi marcado apenas pelas novidades tecnológicas. Houve problemas com o credenciamento dos participantes, energia elétrica, internet e até alagamentos na área reservada ao público.  


Logo no primeiro dia, foram horas e horas de fila. Teve quem chegou cedo e conseguiu entrar na arena sem grandes tormentos. Mas para a grande maioria, o início da feira foi de cansaço e desorganização. No entanto, o estresse dos primeiros momentos foi embora com as atrações que estavam por vir. “Além das grandes palestras e do conhecimento, a edição trouxe a possibilidade de fazer networking. Consegui mostrar um pouco dos meus projetos e ganhei aliados”, explicou a bióloga Luciana Bessa, de 33 anos.

No segundo dia tudo começou bem. Os tão esperados “pais da internet", Al Gore e Tim Berners-Lee, apresentaram suas ideias sobre a rede aberta e o que ela pode beneficiar o ser humano e o meio ambiente. Mas foi a própria natureza que pregou uma peça na Campus Party: as fortes chuvas que caíram na cidade de São Paulo causaram um apagão de uma hora e meia. 

“Eu vim em todas as edições. Esta foi a de pior estrutura, com problemas que não ocorriam antes, quando a feira era menor”, afirmou o analista de sistemas Marcelo Brito, de 29 anos. Segundo ele, até goteiras dentro da área destinada aos campuseiros foram encntradas. “Fiquei com medo de molhar meu equipamento, de estragar o que eu trouxe”, completou.

Mas o pior é que mesmo com a compra de novos geradores, a falta de energia voltou a aparecer até sexta-feira.

Descobertas do passado e futuro
Um dos precursores da rede no mundo, Stephen Crocker, também fez parte da lista de destaques da Campus Party. Um dos desenvolvedores da Arpanet, o primeiro sistema de internet que existiu, explicou que “o começo de tudo foi criado por meio de experimentos e da necessidade de otimização do compartilhamento em um canto do departamento de defesa dos EUA”.


Já o diretor da Linux Internacional, Jon “Maddog” Hall, que já participou diversas vezes do evento no Brasil e no mundo todo, apresentou um projeto tecnológico com foco social, o Caua Project. O principal objetivo da ideia de Maddog, segundo ele mesmo, é “introduzir a população de países em desenvolvimento, como o Brasil, na era digital”. A iniciativa introduz, dessa vez, o que deve seguir daqui para frente em novidades da rede. 

Loucuras de “nerd”

Como teve de tudo no evento deste ano, também não poderiam faltar loucuras. Um casal trouxe o filho, de apenas um mês e vinte dias, para participar como campuseiro. O pai, que é um veterano e foi a todas as edições resolveu inovar e mostrar a trajetória “nerd” que o filho deve seguir.

Ainda teve namorado ainda mais louco que resolveu fazer um pedido de casamento no meio da multidão. Em um dos painéis da área de software livre, ele aproveitou a amizade com o palestrante e, no final, pediu a namorada em casamento. Os dois se conheceram há um ano, no mesmo evento, e logo começaram a namorar. Ela, é claro, aceitou o pedido. O casamento, segundo o casal, pode ser na edição do ano que vem. 


O que ainda está por vir

Neste sábado, último dia de palestras na Campus Party, ainda haverá palestras e prêmios para os participantes. Muito esperado pelo público, às 19h Steve Wozniak, ou iWoz, como também é conhecido, falará sobre uma das empresas mais bem sucedidas do mundo.


Ao lado de Steve Jobs, ele fundou a Apple. E tudo nasceu em uma garagem. Nela, Wozniak e Jobs produziram aquele que seria o primeiro protótipo do Personal Computer, o Apple I.

A partir das 22h, o momento mais esperado de toda a edição: a entrega dos prêmios. Em todos os setores (área de Robótica, Modding, Desenvolvimento, entre outras) serão entregues prêmios aos participantes que se destacaram.  

Saldo positivo

Em meio aos conflitos que ocorreram neste ano, uma coisa a Campus Party com certeza mostrou ao público. O evento está maior e tende a crescer ainda mais. Cada vez mais gente jovem adere ao orgulho “nerd” e comparece. 


O publicitário Ernane Hoffman, de 33 anos, acredita que nunca viu pessoas tão diferentes como neste ano: “A diversidade está cada vez maior. Essa é a boa notícia para a gente, que quer ter contato com culturas e hábitos distintos”, afirmou.

Basta, agora, investir não apenas no crescimento do evento em si, mas também em segurança e infraestrutura para que nos próximos anos, a verdadeira notícia esteja na grandiosidade do evento.

Ford convoca recall dos modelos Fiesta e EcoSport


A Ford anunciou ontem o recall de 300.860 veículos dos modelos Fiesta (hatch e sedã) e EcoSport, fabricados entre os anos de 2007 e 2009, devido problemas na trava das portas traseiras. De acordo com o comunicado oficial da montadora, é possível abir as portas mesmo com a trava acionada. Caso seja confirmado o defeito, o componente será substituído de forma gratuita.

Os modelos EcoSport que devem passar por inspeção são os de chassis entre os números 500004 e 999999, e os Fiestas entre 107522 até 423122. Os atendimentos começaram na segunda-feira.
ECOSPORT 2011 - Os modelos 2011 do Ford EcoSport passarão por inspeção nas instruções sobre utilização do sistema de trava das portas de trás.

sexta-feira, janeiro 21, 2011

Nova legislatura do Senado inicia com 2.856 propostas em tramitação

O Senado já iniciará a 54ª legislatura, em 2 de fevereiro, com um total de 2.856 propostas em tramitação na Casa. Entre estas, há 269 proposições originadas por senadores (PLS); 482 proposições formuladas por deputados e em exame no Senado (PLCs); 308 requerimentos (RQS); 262 projetos de decreto legislativo (PDS); 199 propostas de emenda à Constituição (PECs); e 132 projetos de resolução (PRS), que tratam de assuntos internos.

Estão incluídos também cinco substitutivos da Câmara a projetos de lei do Senado, ou seja, novos textos em substituição às propostas iniciais; quatro emendas da Câmara a projetos do Senado; e quatro indicações de autoridades para diversos cargos da administração pública, que, de acordo com a Constituição, devem passar pela apreciação do Senado.

Também estão prontas para apreciação dos senadores 15 mensagens da Presidência da República (MSF) e uma medida provisória. Há, ainda, 94 avisos e 51 ofícios.

Com o final da atual legislatura, seguem para o arquivo 1.423 proposições. Pelo Regimento Interno do Senado, todas as propostas que estão tramitando há mais de duas legislaturas são imediatamente arquivadas. Assim, vão para o arquivo as matérias apresentadas em 2006, último ano completo de trabalhos da 52ª legislatura, e em anos anteriores.

Defesa civil

Entre as propostas que permanecem tramitando e deverão ser examinadas pelos parlamentares está a que torna obrigatória a notificação de atividades que possam tornar necessárias ações preventivas ou assistenciais de socorro na área de defesa civil. O projeto de lei da Câmara (PLC) 52/08 deverá receber prioridade na tramitação, com a decisão dos parlamentares de acelerar a apreciação de medidas que possam ajudar a evitar tragédias como a ocorrida na região serrana do Rio de Janeiro, onde morreram mais de 700 pessoas neste início de ano. 

A intenção da proposta, de autoria do deputado Sandro Mabel (PR-GO), é manter os órgãos de defesa civil informados sobre eventuais riscos e prontos a agir, reduzindo, assim, a ocorrência de perdas ambientais, econômicas e de vidas humanas. 

A proposta obriga pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, a informar previamente os órgãos de defesa civil sobre eventual risco de desastre decorrente de suas atividades. A notificação imediata também será exigida na hipótese de situações anormais que possam causar danos pessoais, materiais ou ambientais. 

Repatriação de bens e rendas

Outra proposta que continuará tramitando no Senado é o PLS 354/09, de autoria do senador Delcídio Amaral (PT-MS), que concede vantagens fiscais para facilitar a repatriação de bens e rendas enviados ilegalmente para o exterior. 

O projeto já recebeu parecer favorável do relator na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), o então senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), atual ministro da Previdência. Garibaldi apresentou 13 emendas ao texto original, entre as quais a que diz respeito ao tipo de crime a ser perdoado, caso o titular do patrimônio aceite as regras do retorno. A sugestão do relator é a de que a anistia alcance apenas o delito de evasão de divisas, um dos antecedentes para a ocorrência do crime de lavagem de dinheiro, também perdoado pela proposta original.

O valor da alíquota a ser paga pelo declarante do imposto de renda sobre bens e valores será de 5%, em cota única, ou de 10%, se o recolhimento for feito em dez parcelas. De acordo com emenda do relator, a alíquota poderá ser reduzida pela metade nos dois casos se o contribuinte aplicar no mínimo 50% do valor dos bens e direitos em cotas de fundos de investimentos dirigidos a projetos de infraestrutura, habitação, agronegócio, inovação e pesquisa científica ou em bônus e títulos de dívida de empresas brasileiras no exterior.

O relatório de Garibaldi manteve a obrigatoriedade de os recursos destinados aos fundos permanecerem aplicados por, pelo menos dois anos, desde a data de aquisição das cotas dos fundos de investimentos.

Processo contra governadores

Também poderá ser apreciada na próxima legislatura a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/10, aprovada na CCJ e pronta para inclusão na pauta do Plenário. A PEC dispensa a autorização prévia do Poder Legislativo para instauração de processo criminal contra governadores dos estados e do Distrito Federal.

De autoria do senador Demóstenes Torres (DEM-GO), a PEC 6/10 altera o art. 28 da Constituição Federal para tornar mais fácil a abertura de processo contra chefes do executivo estadual.
A proposta também determina que, na hipótese de abertura de processo, o afastamento do governador do cargo não deve ser automático, como ocorre atualmente. Para isso acontecer, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) terá que expedir uma decisão específica.(Agência Senado)

Governo estuda projeto para democratização do setor de Telecomunicações

MAIS UMA POLÊMICA À VISTA NO CONGRESSO NACIONAL: O GOVERNO ESTUDA APRESENTAR PROJETO IMPEDINDO QUE UM MESMO GRUPO SEJA PROPRIETÁRIO DE EMISSORAS DE RÁDIO E DE TELEVISÃO.
 

A CHAMADA PROPRIEDADE CRUZADA, QUE EM PAÍSES COMO OS ESTADOS UNIDOS É PROIBIDA, JÁ DESPERTA DIVERGÊNCIAS ENTRE AQUELES QUE VÃO DECIDIR A QUESTÃO.

quinta-feira, janeiro 20, 2011

Gastos com cartão corporativo batem recorde e somam R$ 80 mi em 2010



 
As despesas com o cartão de pagamentos do governo federal, também conhecido como cartão corporativo, atingiram a cifra recorde de R$ 80 milhões em 2010. O valor representa R$ 15 milhões a mais do que o registrado no ano anterior. Desde que foi implantado, em agosto de 2001, os gastos com o cartão já atingiram R$ 357,6 milhões. No topo dos que mais utilizaram os cartões ao longo dos últimos nove anos, está a Presidência da República, com quase R$ 105,5 milhões pagos, dos quais 93% não podem ser discriminados por serem “informações protegidas por sigilo, para garantia da segurança da sociedade e do Estado”.


No ano passado, quem liderou o ranking foi o Ministério do Planejamento – e suas unidades vinculadas –, que triplicou o gasto em relação a 2009 e desembolsou o total de R$ 19,3 milhões. A maior parte destes recursos foi utilizada por agentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que participaram do recenseamento demográfico em aproximadamente 58 milhões de domicílios brasileiros. Sozinho o IBGE respondeu por quase 90% do aumento de R$ 15 milhões em 2010. Em seguida, aparece a Presidência e órgãos subordinados, cujas faturas atingiram R$ 18,9 milhões. 

Na contramão da estratégia do governo de reduzir os gastos após o alvoroço de 2007, onze órgãos aumentaram o uso dos cartões de plástico do governo federal. Naquele ano, com o aumento de recursos envolvidos, os gastos feitos por meio do cartão começaram a chamar atenção, principalmente os que envolviam as quantias sacadas na boca do caixa. Em 2008, o desgaste provocado pela denúncia de irregularidades na utilização dos cartões acabou derrubando do cargo a então ministra Matilde Ribeiro, da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial. 

No ano anterior à renúncia da ministra, os gastos da secretaria chegaram a cifra de R$ 182 mil, segundo dados disponíveis no Portal da Transparência. Em 2008, a despesa caiu para R$ 35,2 mil e, em 2010, para R$ 5,3 mil. A redução, segundo a secretaria, é resultado da substituição do uso dos cartões por um sistema de pagamento de diárias para custear os deslocamentos.

O Ministério do Esporte também diminuiu significativamente os pagamentos por intermédio dos cartões desde 2007, ano em que o ministro da pasta, Orlando Silva, teria usado o cartão corporativo para pagar R$ 8,30 por uma tapioca, em uma loja de Brasília. Em 2007, os desembolsos do órgão chegaram a R$ 37,2 mil. No ano seguinte, a utilidade caiu para R$ 15 mil e, no ano passado, somaram apenas R$ 2,5 mil – um decréscimo de 93%. 

Em 2010, o recém criado Ministério da Pesca e Aquicultura entrou na lista de órgãos que utilizam o método eletrônico como pagamento, com gastos que alcançaram quase R$ 43 mil. Já os ministérios do Turismo e do Desenvolvimento Social e Combate a Fome deixaram totalmente de usufruir da ferramenta.

O cartão corporativo foi implementado pelo decreto n° 3.892 de agosto de 2001 para facilitar os pagamentos de rotina das autoridades. O objetivo era descomplicar a vida dos servidores públicos que poderiam utilizá-lo para gastos emergenciais e essenciais. 

Os cartões de crédito do governo servem para que servidores possam fazer pagamentos ou saques sem precisar de uma autorização prévia da União. O mecanismo substituiu o modelo de “suprimentos de fundos”, em que eram enviadas ordens bancárias a contas pessoais de servidores públicos para pagar despesas excepcionais. Enquanto estes documentos não eram emitidos, os servidores precisavam manter uma “caixinha” para pagar as contas.

quarta-feira, janeiro 19, 2011

Índice que reajusta o aluguel tem alta de 0,63% em prévia

A inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), usado como referência para reajustes de contratos de aluguel, teve variação de 0,63% na segunda prévia de janeiro. O resultado divulgado nesta quarta-feira (19) pela Fundação Getulio Vargas (FGV) aponta uma alta menor do que a registrada no mesmo período de dezembro (0,75%). Nos últimos doze meses, o IGP-M acumula elevação de 11,33%.

Entre os três componentes do IGP-M, apenas o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apresentou aumento, passando de 0,81% para 0,85%. A elevação foi puxada pelos grupos educação, leitura e recreação (de 0,36% para 1,54%) e transportes (de 0,51% para 1,24%). Ficaram mais caros no período os preços relativos a cursos formais (de 0,00% para 2,26%) e tarifa de ônibus urbano (de 0,26% para 2,26%).


Ainda no âmbito do IPC, houve acréscimo nas taxas de despesas diversas (de 0,33% para 0,72%) e saúde e cuidados pessoais (de 0,49% para 0,51%). Por outro lado, subiram com menos intensidade os preços de alimentação (de 1,66% para 1,33%), habitação (de 0,39% para 0,23%) e vestuário (de 0,98% para 0,59%).

Outro índice que compõe o IGP-M, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) passou de 0,77% para 0,60%. A redução na taxa foi influenciada pelos bens intermediários (de 0,87% para 0,57%), principalmente materiais e componentes para a manufatura (de 1,21% para 0,63%); e pelas matérias-primas brutas (de 1,34% para 1,03%), com a contribuição de aves (de 6,08% para 1,69%), suínos (de 4,18% para -6,97%) e soja (de 2,56% para 1,14%).

Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) diminuiu de 0,51% para 0,38%. A redução foi puxada pelo custo da mão de obra (de 0,94% para 0,43%). Já os materiais, equipamentos e serviços subiram com mais intensidade, passando de 0,11% para 0,34%.

Para calcular a segunda prévia do IGP-M de janeiro, a FGV coletou dados entre os dias 21 de dezembro e 10 de janeiro.

  

terça-feira, janeiro 18, 2011

Apple proíbe jornais de oferecerem versão gratuita para iPad

 

A Empresa estaria "insatisfeita" por perder a taxa de 30% das negociações a partir dos aplicativos; publicações europeias já foram notificadas.

Jornais estão sendo informados pela Apple de que eles não podem mais oferecer aos seus assinantes da versão impressa acesso gratuito à versão do iPad. De acordo com informações dos sites alemães deVolkskrant e nrc.nl, a empresa estaria insatisfeita com a perda de 30%  do valor das transações a partir dos apps e irá banir a prática depois do dia 01/04.

Alguns veículos europeus informaram que foram avisados pela Apple. Mas ainda não há informações a respeito de jornais norte-americanos terem sido notificados pela empresa de Steve Jobs. Enquanto isso, continua incerto o lançamento do The Daily, jornal da News Corp exclusivo para iPad, que custaria 99 centavos por semana, com conteúdo diário para seus assinantes.
Rumores davam conta que Steve Jobs estaria pessoalmente envolvido no projeto e que talvez subisse ao palco para o evento de lançamento com o dono da News Corp, Rupert Murdoch, porém não só a data (19/01) parece muito próxima, como também o aviso sobre o afastamento de Steve Jobs da Apple por motivos de saúde contribuem para a incerteza do prazo.

 

Folha de pagamento do Congresso será R$ 860 milhões mais cara em 2011

O impacto econômico do aumento salarial concedido a deputados, senadores e servidores poderá inflar em R$ 860 milhões a folha de pagamentos do Congresso Nacional em 2011. No ano passado, a Lei Orçamentária Anual (LOA) previa cerca de R$ 5,5 bilhões para despesas com pessoal e encargos sociais de parlamentares, servidores ativos e inativos da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Já neste ano, quase R$ 6,2 bilhões deverão cobrir esse tipo de despesa – acréscimo de quase 16% frente aos R$ 5,3 bilhões pagos efetivamente ao longo do último ano.



Além do acréscimo nos vencimentos dos 513 deputados e 81 senadores, uma repercussão milionária deve alcançar o pagamento de encargos dos aposentados e pensionistas das duas Casas. De acordo com a Câmara – onde o impacto será de R$ 442,5 milhões sobre a previsão inicial de 2010 ou R$ 549,2 milhões sobre o total gasto no ano –, cerca de R$ 269,7 milhões se referem ao reajuste de 62% no salário dos parlamentares e, ainda, ao reflexo do aumento concedido aos servidores da Casa em julho do ano passado. Outros R$ 145 milhões devem cobrir despesas com aposentados e pensionistas, enquanto R$ 27,8 milhões são resultado das contribuições patronais.


De acordo com a assessoria da Câmara, além do aumento no subsídio dos parlamentares, o crescimento da folha se deve às despesas desencadeadas pela evolução do plano de carreira dos servidores, que no ano passado impactou apenas nos pagamentos do segundo semestre. A assessoria explica ainda que o acréscimo é resultado da expectativa de novos preenchimentos de cargos (385) e da substituição de celetistas nos gabinetes. Com a troca de mandato, muitos secretários parlamentares devem sair, o que amplia, também, as indenizações trabalhistas devido às exonerações. 

segunda-feira, janeiro 17, 2011

Brasil prevê alerta contra desastres só daqui a 4 anos

Sistema é complexo e requer investimentos para ampliar cobertura de satélites e radares

O governo quer implementar um sistema nacional de prevenção e alerta contra desastres naturais a partir do cruzamento de dados meteorológicos e mapeamento das áreas de risco. O sistema, porém, é complexo e só deverá estar em total funcionamento em quatro anos.

Ontem, a presidente Dilma Rousseff encarregou os ministros da Integração, Fernando Bezerra; da Defesa, Nélson Jobim; da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante; da Justiça, José Eduardo Cardozo; e da Saúde, Alexandre Padilha, de melhorar a capacidade de resposta aos desastres naturais.

Para o sistema de prevenção funcionar, o país precisará finalizar a identificação de todas as áreas de risco e ampliar a cobertura de satélites, radares e equipamentos medidores de chuva.

O Brasil tem cerca de 300 áreas sujeitas a inundações e 500 áreas de risco de deslizamentos, onde moram 5 milhões de pessoas. Mas só Rio, São Paulo e Santa Catarina têm algum detalhamento dessas áreas.

Seis horas

Segundo Mercadante, o ideal é que o sistema consiga avisar as pessoas nessas regiões com uma antecedência de pelo menos seis horas.

Segundo o ministro da Ciência e Tecnologia, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais recebeu há um mês um novo supercomputador que permitirá a diminuição das áreas climáticas mapeadas dos atuais 20 quilômetros quadrados para 5 quilômetros quadrados e uma previsão mais precisa.

Para o detalhamento das áreas de risco, serão precisos mais satélites, radares e pluviômetros, que medem a quantidade de chuvas. A meta é ter uma rede integrada de radares, incluindo os usados apenas pela Aeronáutica.

Dilma e Lula indicam 72% da cúpula do Judiciário

Nos quatro anos de seu mandato, Dilma vai nomear pelo menos 19 ministros para as Cortes Superiores do país.

Nos próximos quatro anos, a chefe da nação vai nomear juristas para pelo menos 19 vagas – isso levando em conta somente as aposentadorias compulsórias que acontecem quando o detentor da cadeira atinge 70 anos. No total, dos 86 magistrados das altas cortes, 62 vão estar no cargo por indicação dos últimos dois presidentes.

No Planalto fala-se ainda sobre as outras duas futuras vagas, que surgirão com a aposentadoria de Carlos Ayres Britto e Cezar Peluso. O nome do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, é um dos citados. Noutra cadeira Dilma deve acomodar uma mulher. Algo que deve fazer também nas demais cortes superiores.

Após tragédia, Brasil discute falta de preparo para desastres, diz 'NYT'

A tragédia na região serrana do Rio de Janeiro está provocando um debate entre os especialistas sobre a falta de preparo do país para lidar com desastres como esse, segundo afirma reportagem publicada nesta segunda-feira pelo diário americano The New York Times

“Comunicações, eletricidade e água potável ainda faltam em várias áreas, levando os especialistas em desastres a lamentar a falta de preparo do Brasil para chuvas fatais, que eles dizem estarem se tornando mais comuns”, afirma o texto.

O jornal observa que as enchentes e deslizamentos de terra que deixaram mais de 600 mortos são o maior desastre natural do Brasil em números de mortos, num país historicamente “abençoado como quase nenhum outro país de seu tamanho por ser quase livre de calamidades do tipo”.
“Terremotos, ciclones, furacões, nevascas, vulcões em erupção – nenhum se mostrou uma ameaça ao Brasil”, diz o diário.
Uma especialista das Nações Unidas sobre desastres ouvida pelo jornal comenta que até recentemente as secas eram o desastre natural mais conhecido e mais custoso ao Brasil, mas que ultimamente as enchentes e tempestades vêm se tornando cada vez mais comuns.

Brasil X Austrália

Especialistas ouvidos pelo New York Times disseram que a diferença no número de mortos entre o Brasil e a Austrália, onde as vítimas fatais pelas enchentes que assolam o leste do país desde dezembro chegam a 28, mostram “uma grande diferença no preparo dos países e em suas políticas para lidar com enchentes”.

“As áreas de serra perto do Rio não tinham sistemas de alerta precoce ou organizações comunitárias efetivas que poderiam ter ajudado os moradores a acordar uns aos outros quando a chuva se intensificou na noite de terça-feira”, diz o texto.


Segundo a especialista da ONU, apesar de a Austrália não ter enfrentado enchentes como a atual desde os anos 1970, tornados anuais e enchentes de menor magnitude levaram as autoridades a desenvolver sistemas de alerta e guias para evacuação dos moradores, com simulações frequentes.

“Uma infraestrutura de drenagem e construções de melhor qualidade também ajudam”, disse a especialista ao jornal.

A reportagem observa que apesar de um mapeamento feito pelo governo ter identificado 177 áreas de risco, do treinamento de líderes comunitários para auxiliar a defesa civil na evacuação de moradores e do alerta do instituto de meteorologia para a previsão de chuvas fortes, nada foi feito, por causa da falta de um sistema integrado de alerta no Estado.

domingo, janeiro 16, 2011

Chávez recua e diz que devolverá ‘plenos poderes’ em maio

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse que pode reduzir a cinco meses o período estipulado pela polêmica lei aprovada pelo Parlamento em dezembro, que concede plenos poderes ao presidente para governar por decreto até meados de 2012.

“Em 1 de maio poderíamos ter terminado (a elaboração dos decretos), acelerando as leis que estamos fazendo. Para que ninguém se sinta limitado, devolvo a lei habilitante (até maio). Não tenho problema (em devolver), vou trabalhar mais forte e mais rápido", afirmou Chávez, em discurso anual no Parlamento venezuelano, neste sábado.

No primeiro encontro do presidente com os parlamentares opositores que tomaram posse no início do mês, Chávez negou que sua decisão signifique um recuo.
"Dirão alguns que Chávez recuou outra vez. Quem queira pensar assim, que pense, porque Chávez vai é para frente", afirmou.

O Executivo argumenta que os poderes especiais, concedidos ao presidente pela quarta vez, buscam acelerar a aprovação de um pacote de leis para lidar com a crise ocasionada pelas fortes chuvas que assolaram o país e que já deixaram mais de 140 mil desabrigados.

A medida, no entanto, foi tomada em dezembro, a menos de um mês da posse do novo Parlamento, 40% do qual pertence à aliança opositora. Para os deputados antichavistas, que assumiram suas cadeiras há duas semanas, a lei habilitante é uma estratégia do Executivo para coibir a atuação da oposição neste período legislativo.

Críticas

Nesta semana, um grupo de deputados opositores se reuniu com José Miguel Insulza, secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), para criticar a lei habilitante e pedir a discussão de sua validez no âmbito do organismo multilateral. A medida, no entanto, somente poderá ser debatida na OEA com o aval da maioria dos países-membros.

Insulza chegou a se posicionar públicamente contra a lei habilitante, ao afirmar que era um instrumento que contrariava a Carta Democrática Interamericana.

O governo da Venezuela qualificou de "ingerência abusiva" as declarações de Insulza e, dias depois, o secretário-geral também recuou, ao afirmar que a lei habilitante era “necessária” em situações de emergência e que cabia aos países-membros questioná-la, caso não estivessem de acordo com a medida.

'Diálogo'

Neste sábado, Chávez assumiu um tom conciliador ao se dirigir aos deputados opositores no Parlamento. “Somos adversários, não inimigos”, disse.

O presidente disse ainda que a volta da oposição ao Congresso era “maravilhosa”, instou o Parlamento a trabalhar pela “concórdia nacional” e convidou os opositores a “plantar” com o governo “a semente do diálogo”.

Chávez também agregou que sua “revolução bolivariana” não pretende eliminar "nem o Estado, nem a propriedade privada". “Alguns deputados da oposição falam de um projeto comunista, isso não está previsto aqui”, disse.

A oposição, que estava fora do Parlamento desde 2005, quando decidiu abandonar suas candidaturas às vésperas das eleições, escutava o presidente, em meio a aplausos da da base governista e de grupos chavistas.

A bancada opositora conta com 65 deputados. O chavismo mantém a maioria, com 98 cadeiras, e poderá continuar aprovando projetos de leis ordinárias sem o aval da oposição. O que muda, agora, é que a base governista deixou de ter a maioria absoluta ou dois terços do Parlamento, número necessário para aprovar leis orgânicas, de maior envergadura.(BBC NEWS)

sexta-feira, janeiro 14, 2011

Senadores que saem em janeiro planejam carreira fora do Senado...


A maioria dos senadores que esvaziam seus gabinetes no Senado Federal até 31 de janeiro continuará atuando na política, ainda que não tenha mais mandato. São parlamentares que tentaram a reeleição, mas não venceram, ou se candidataram a outros cargos, como a senadora Marina Silva (PV-AC), que concorreu à Presidência da República, ou, ainda, não se candidataram a nenhum cargo eletivo.

Concorreram ao Senado, mas não se elegeram os senadores Arthur Virgílio (PSDB-AM), Marco Maciel (DEM-PE), Tasso Jereissati (PSDB-CE), Heráclito Fortes (DEM-PI), Mão Santa (PSC-PI), Efraim Morais (DEM-PB), Fátima Cleide (PT-RO), Jefferson Praia (PDT-AM) e Papaléo Paes (PSDB-AP). Também se candidatou ao Senado e não foi eleito o senador Romeu Tuma (PTB-SP), falecido no final de outubro, que não pôde fazer campanha devido ao seu estado de saúde.

Efraim Morais (DEM-PB) assumirá em 1º de fevereiro a Secretaria de Infraestrutura da Paraíba. Já o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) voltará às atividades empresariais nas áreas de shopping center, comunicação e bebidas no Ceará. Segundo a assessoria do senador, Tasso também se dedicará, com José Serra e Fernando Henrique Cardoso, à elaboração do novo programa do PSDB.

Outros senadores continuarão no Congresso, mas na Câmara: o senador Almeida Lima (PMDB-SE) foi eleito deputado federal por Sergipe; Eduardo Azeredo (PSDB-MG) por Minas Gerais; e Sérgio Guerra (PSDB-PE), por Pernambuco. Também se candidataram à Câmara dos Deputados, mas não se elegeram, os senadores Adelmir Santana (DEM-DF), Leomar Quintanilha (PMDB-TO) e Serys Slhessarenko (PT-MT).

Também com mandatos até o fim de janeiro, Ideli Salvatti (PT-SC) foi nomeada ministra da Pesca e Aquicultura; Flávio Arns (PSDB-PR) virou vice- governador do Paraná; e Patrícia Saboya (PDT-CE) foi eleita deputada estadual no Ceará. 

Segundo a assessoria do senador Heráclito Fortes (DEM-PI), ele ainda está muito envolvido com as atividades da 1ª Secretaria do Senado e não pensou sobre o que fará a partir de fevereiro. Depois de cerca de 30 anos atuando na política, a assessoria garantiu que o senador não pretende mudar.

O senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) também não tomou nenhuma decisão sobre a atividade que desempenhará a partir de fevereiro. Como faz parte do quadro de carreira diplomática, ele poderá voltar ao Itamaraty. O senador também poderá assumir cargo em governo estadual.

O senador Mão Santa (PSC-PI) disse que vai continuar na vida política. Porém, só deve tomar uma decisão a partir de fevereiro. A senadora Fátima Cleide (PT-RO) também não decidiu o que fará quando terminar seu mandato.
Renúncias e licenças

Com mandatos até 2015, renunciaram para assumir governos estaduais os senadores Tião Viana (PT-AC), que assume o governo do Acre; Renato Casagrande (PSB-ES), do Espírito Santo; Marconi Perillo (PSDB-GO), eleito governador de Goiás, Rosalba Ciarlini (DEM-RN), eleita governadora do Rio Grande do Norte; e Raimundo Colombo (DEM-SC), governador de Santa Catarina. Em seus lugares assumiram os suplentes Aníbal Diniz (PT-AC), Ana Rita (PT-ES), Cyro Miranda (PSDB) e Garibaldi Alves (PMDB-RN). O suplente do senador Raimundo Colombo (DEM-SC) ainda não assumiu a vaga.

Assim como os colegas acima, dois outros senadores deixaram os cargos rumo ao Executivo: Edison Lobão, reeleito senador, assumiu o Ministério de Minas e Energia. No senado, assim que tomar posse no novo mandato para o qual foi eleito, será substituído por Lobão Filho, seu primeiro suplente. O senador Garibaldi Alves Filho também virou ministro, na pasta da Previdência. Seu suplente é Paulo Davim.

Alguns senadores chegam ao fim de mandato no Senado sem garantir vagas aos cargos a que concorreram fora de Brasília: José Nery (PSOL-PA) tentou, mas não conseguiu, eleger-se deputado estadual no Pará. Hélio Costa (PMDB-MG) perdeu as eleições ao governo de Minas Gerais para Antonio Anastasia, e Osmar Dias (PDT-PR) foi derrotado por Beto Richa nas eleições para o governo do Paraná.

Não se candidataram

Augusto Botelho (RR), que está sem partido, não se candidatou a nenhum cargo. Em discurso no Plenário em setembro do ano passado, o parlamentar por Roraima anunciou sua desfiliação do PT em razão de o partido não permitir sua candidatura à reeleição ao Senado.

Sérgio Zambiasi (PTB-RS) não quis se candidatar a nenhum cargo eletivo e vai voltar a exercer a atividade de radialista. A militância política do senador, segundo a assessoria, será feita por meio de seu programa no rádio, voltado às necessidades dos menos favorecidos. Já o senador Gilberto Goellner (DEM-MT) pretende voltar a se dedicar à atividade empresarial.

Também não se candidataram a cargo eletivo os senadores João Tenório (PSDB-AL), Antonio Carlos Junior (DEM-BA), Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC), Gerson Camata (PMDB-ES), Mauro Fecury (PMDB-MA), Valter Pereira (PMDB-MS), Roberto Cavalcanti (PRB-PB).

Nova Legislatura do Senado começa com dez suplentes exercendo o mandato.

A nova legislatura do Senado Federal começa com dez suplentes no exercício do mandato, 12,3% da composição total da Casa, que tem 81 senadores. O número pode parecer alto, uma vez que a eleição do ano passado colocou em disputa dois terços das cadeiras da Casa, mas reduz para menos da metade o número de suplentes que chegaram ao final da atual legislatura como senadores: 22.

Um dos senadores que assumiram como suplentes, Gim Argello (PTB-DF), vem da legislatura anterior. Dos nove restantes, seis assumiram ou assumirão quatro anos de mandato em definitivo, decorrência do falecimento do senador Eliseu Resende (DEM-MG) e da eleição para governador de cinco ex-senadores que estavam no meio de seu mandato, que no Senado tem a duração de oito anos.

Na troca de cadeiras do Senado, há filho que assume o mandato do pai e pai que entra enquanto o filho sai, porém ocupando mandatos diferentes. O senador Edison Lobão Filho (PMDB) deverá substituir, a partir do segundo dia de mandato, o pai, Edison Lobão (PMDB), que já é o ministro de Minas e Energia.

Reeleito em 2010 assim como Edison Lobão, o ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho (PMDB), será substituído por seu primeiro suplente no novo mandato, Paulo Roberto Davim (PV). A saída de Garibaldi Alves Filho garante a permanência do PV no Senado.

Enquanto Garibaldi Alves Filho sai, seu pai, Garibaldi Alves (PMDB), assume os quatro anos restantes do mandato da governadora do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini (DEM). Garibaldi Alves passa a ser o senador mais velho da Casa, com 87 anos.

Com o retorno do senador Alfredo Nascimento (PT-AM) à pasta dos Transportes, o senador João Pedro (PT-AM) reassumiu o mandato, que já havia exercido durante boa parte da última legislatura, na gestão de Nascimento como ministro do governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

oão Pedro, Lobão Filho e Paulo Roberto Davim podem voltar à suplência caso os titulares retornem ao Senado. Mas Garibaldi Alves e outros seis suplentes ficam como senadores até o fim de seus mandatos, em 2015.

Remanescente da legislatura anterior, Gim Argello (PTB-DF) já cumpriu três anos e meio de seu mandato. Assumiu em julho de 2007, com a renúncia do titular Joaquim Roriz, seis meses depois de ser empossado. Outro que fica até 2015 é o presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Clésio Andrade (PR-MG), que assumiu a vaga aberta com o falecimento do senador Eliseu Resende (DEM-MG), de quem era primeiro suplente.

Como Garibaldi Alves, os demais suplentes substituíram governadores eleitos em 2010. São eles os senadores Aníbal Diniz (PT), que substituiu o governador do Acre, Tião Viana (PT); Ana Rita Esgário (PT), que cumpre o restante do mandato do governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB); Cyro Miranda (PSDB), que era primeiro suplente do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB); e Casildo Maldaner (PMDB), que assume a vaga do governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo (DEM).

A nova legislatura reduz bastante o número de suplentes da anterior, que chega ao seu fim com 22 suplentes, ou mais de um quarto da composição da Casa. Além dos seis últimos citados, assumiram o mandato depois de exercerem a suplência os atuais senadores: João Tenório (PSDB-AL), Jefferson Praia (PDT-AM), João Pedro (PT-AM), Antonio Carlos Junior (DEM-BA), Adelmir Santana (DEM-DF), Mauro Fecury (PMDB-MA), Remi Ribeiro (PMDB-MA), Valter Pereira (PMDB-MS), Gilberto Goellner (DEM-MT), Flexa Ribeiro (PSDB-PA), José Nery (PSOL-PA), Danimar Cristina (PR-SC), Regis Fichtner (PMDB-RJ), João Faustino (PSDB-RN), Luiz Carlos (PT-SC) e Alfredo Cotait (DEM-SP).

O número seria ainda maior, mas o suplente do ministro da Ciência e Tecnologia, o senador Aloizio Mercadante (PT-SP), José Giácomo (PT), não assumiu a vaga. Ele considerou que não havia, nos 30 dias restantes de mandato a serem transcorridos durante o recesso parlamentar, razão para tomar posse.(Com informações da Agência Senado)


quinta-feira, janeiro 13, 2011

Vendas de PCs na América Latina crescem 15% no 4º trimestre de 2010


De acordo com a consultoria Gartner os 8,9 milhões de unidades de PC, vendidos no quarto trimestre de 2010 na América Latina, representam o maior avanço em vendas do segmento, comparado a outras regiões do mundo. A região representa 9,5% do total mundial de vendas com a comercialização de 93,4 milhões de unidades, crescimento de 15%.

Já nos Estados Unidos foram comercializados 19,1 milhões de computadores neste mesmo período. Na Europa, Oriente Médio e África o número chegou a 32 milhões de computadores, aumento de 6,2% comparado a 2009. Na Ásia foram colocados no mercado 27,9 milhões de unidades, crescimento de 4,1%.

Em nota a consultoria aponta que mesmo com o crescimento em algumas regiões, outras mostram números menores: "em um ambiente econômico enfraquecido, com as carteiras dos consumidores contidas a demanda de PCs foi deslocada para outros dispositivos eletrônicos, incluindo tablets de mídia], consoles de jogos e leitores de livros digitais (e-readers)".

Emergentes contribuirão com quase metade de crescimento global de 2011

Os países emergentes, entre eles Brasil, China e Índia, serão responsáveis por quase metade do crescimento econômico mundial em 2011, segundo estimativa do Banco Mundial (Bird) divulgada nesta quarta-feira.

A previsão é de que essas nações representem 46% do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em todo o mundo neste ano.

A estimativa do banco é de uma redução no ritmo do crescimento da economia mundial em 2011, depois de uma expansão de 3,9% em 2010. O Bird prevê um crescimento de 3,3% em 2011, e de 3,6% em 2012.
Para o Brasil, o relatório prevê um crescimento do PIB real de 4,5% em 2011 e de 4,1% em 2012.

A média de expansão econômica entre os países ricos deverá ficar em 2,4% em 2011. Entre os países em desenvolvimento, a média prevista é de 6% .

“É um sinal encorajador, não apenas da saúde dessas economias, mas também do crescente papel que elas vêm desempenhando na economia global”, diz Andrew Burns, gerente de Macroeconomia Global do Grupo de Perspectivas de Economias de Desenvolvimento do Banco Mundial.

Burns alerta, no entanto, que o cenário positivo pode mudar caso haja um agravamento na situação fiscal de alguns países europeus.

"Essa possibilidade não apenas reduziria o potencial de crescimento da economia europeia, como também poderia resultar em consequências negativas em países emergentes", diz.

O estudo afirma que de uma maneira geral a economia do mundo vem passando “de uma fase de recuperação pós-crise para um crescimento mais lento, porém ainda sólido neste ano e no próximo”.

Melhora acentuada

O estudo aponta para uma melhora considerável no cenário econômico na região da América Latina e Caribe.

Segundo o documento, a região conseguiu sair da crise global de maneira positiva, em comparação tanto com o desempenho do ano anterior como com a recuperação de outras partes do mundo.

Para 2010, o Bird prevê que o PIB regional tenha crescido para 5,7%, “semelhante à média registrada no surto de crescimento verificado no período 2004-2009”.

Segundo o relatório, a leve redução do ritmo de crescimento regional prevista para 2011 (para cerca de 4%), se deve a fragilidades na conjuntura econômica em outras partes do mundo.

O Banco Mundial também chama atenção para países da região que estão vulneráveis a fluxos de capital que podem desestabilizar a economia.

A atividade econômica da região começou a se recuperar na segunda meta de 2009, com a produção industrial crescendo 10% durante o quarto trimestre.

Com exceção do Chile, o crescimento industrial agregado da região se manteve alto em 2010 e cresceu 9% no primeiro trimestre. O terremoto do Chile – ocorrido em fevereiro – provocou uma queda de 30% do crescimento do país no período.

O Banco Mundial também destaca a situação do México, afetado pela crise provocada pela gripe H1N1.
Inflação

O relatório aponta para a pressão inflacionária enfrentada pelos países Bric, em particular a China e a Índia. A exceção no bloco seria a Rússia, onde o fortalecimento do rublo tem contribuido para o declínio da inflação.

A situação das commodities também ganhou um capítulo à parte no relatório, que afirma que a recuperação de preços iniciada em 2009 se manteve em 2010.

Os preços atuais dos alimentos – considerados relativamente altos, segundo o banco – estão tendo diferentes impactos em cada região.

Em algumas economias, “a desvalorização do dólar, a melhoria das condições econômicas locais e o aumento dos preços de bens e serviços significam que o preço real dos alimentos não aumentou na mesma proporção que a cotação do dólar para produtos alimentícios básicos, comercializados internacionalmente.

‘Ônus da pobreza’

Burns, no entanto, faz um alerta, seguido de uma advertência: “Aumentos de dois dígitos nos preços de alimentos básicos nos últimos meses estão exercendo pressão em alguns países, especialmente em parcelas da população que já sofrem um pesado ônus de pobreza e desnutrição.”

“E se os preços globais dos alimentos aumentarem ainda mais, juntamente com o preço de outros produtos essenciais, não se poderá excluir uma repetição das condições verificadas em 2008”.

O Banco Mundial conclui seu relatório afirmando que a forte recuperação que vem marcando as análises mensais recentes deve perder fôlego nos próximos meses.

No entanto, a expectativa é de que as taxas de crescimento anuais sigam se fortalecendo, especialmente nos países em desenvolvimento.

O estudo conclui ainda que a intensa participação desses países é uma tendência que deve se manter nos próximos anos e nas próximas décadas, mas alerta para os “desafios significativos que continuam existindo à frente, como um entrave para uma recuperação tranquila”.

quarta-feira, janeiro 12, 2011

Variação da Inadimplência em 2010 cresce mais do que em ano da crise

 Em 2010, a variação da inadimplência do consumidor brasileiro cresceu 6,3% na comparação com 2009, conforme revela o Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor. De acordo com o levantamento, a elevação foi superior à verificada em 2009, ano dos impactos da crise financeira internacional no Brasil, quando houve um crescimento de 5,9%, na relação com 2008.
Nas variações anual e mensal, o indicador também apresentou elevações na inadimplência do consumidor. Quando comparado dezembro de 2010 com dezembro de 2009, o crescimento foi de 20,9%. Na relação de dezembro sobre novembro de 2010, por sua vez, a alta foi de 1,1%.

No balanço do comportamento anual da inadimplência da pessoa física, nota-se que há relação positiva entre a taxa de inadimplência das pessoas físicas (percentual dos créditos com atraso superior a 90 dias), divulgada pelo Banco Central do Brasil, e o crescimento registrado, no ano anterior, da inadimplência das pessoas físicas, medido pelo Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor.

O Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor considera o inadimplemento das pessoas físicas nas mais diversas modalidades, e não apenas dentro do sistema financeiro, por isso consegue capturar movimentos cíclicos de inadimplência, os quais, muitas vezes, antecedem ocorrências que, posteriormente, acabam se manifestando dentro do sistema bancário.
Assim, a ligeira elevação deste crescimento anual (de 5,9% em 2009 para 6,3% em 2010) do Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor é um sinal de que a taxa inadimplência das pessoas físicas dentro do sistema bancário poderá sofrer alguma correção para cima, embora pequena, em 2011.

Segundo os economistas da Serasa Experian, os crescimentos nas variações da inadimplência do consumidor, em 2010, foram resultados do maior endividamento, evoluindo acima da expansão da renda pessoal; dos prazos mais longos de financiamento, que facilitou o acumulo de dívidas e pelos estímulos ao consumo, como parte do combate aos efeitos da crise global, nos primeiros três meses do ano. Além disso, o aumento da inflação contribuiu para reduzir o poder aquisitivo, afetando a parte da renda destinada ao pagamento de dívidas.

Em 2010, o consumidor se sentiu mais confiante para contrair dívidas, sobretudo em razão do desemprego historicamente baixo, da formalização dos empregos, do crescimento real da renda e da melhor expectativa em relação à sua condição financeira.

A perspectiva para este início de 2011 é de que a política monetária restritiva, para controle da inflação iniciada no ano passado, o pagamento de impostos (IPTU e IPVA) e as despesas escolares, possam gerar pressões de aumento da inadimplência.

Decomposição

Na decomposição do Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor, variação mensal, dezembro ante novembro, as dívidas não bancárias (cartões de crédito, financeiras e serviços) apresentaram um crescimento de 2,4%, dando uma contribuição para o indicador de 0,9%, dos 1,1% registrados no período. Os cheques devolvidos por falta de fundos cresceram 3,5% no mês, definindo uma contribuição de 0,4%. Os protestos tiveram um aumento mensal de 5,5% e deram uma contribuição de 0,1% no índice. Opostamente, as dívidas bancárias não honradas caíram 0,6%, promovendo uma contribuição no indicador de -0,3% (Veja tabela abaixo).

Decomposição do Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor Dezembro x Novembro 2010

Dívidas não bancárias Bancos Protestos Cheques Total
Variação 2,4% -0,6% 5,5% 3,5% 1,1%
Peso 37,0% 48,5% 1,8% 12,7% 100,0%
Contribuição 0,9% -0,3% 0,1% 0,4% 1,1%.


Valor médio das dívidas
Em 2010, as dívidas não bancárias registraram um valor médio de R$ 390,24, o que representou uma elevação de 4%, quando comparado com 2009. Quanto às dívidas com bancos, o valor médio nos doze meses de 2010 foi de R$ 1.311,97, o que representou uma queda de 3%, ante o verificado no mesmo período de 2009. Já os títulos protestados, de janeiro a dezembro de 2010, tiveram um valor médio de R$ 1.183,09, com alta de 6,8% sobre os doze meses de 2009. Por fim, os cheques sem fundos tiveram em 2010 um valor médio de R$ 1.254,44, com uma evolução de 22,9% sobre 2009.

Metodologia do Indicador

O Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor considera as variações registradas no número de cheques sem fundos, títulos protestados, dívidas vencidas com bancos e dívidas não bancárias (lojas em geral, cartões de crédito, financeiras, prestadoras de serviços como fornecimento de energia elétrica, água, telefonia etc.). Por analisar eventos ocorridos em todo o Brasil, o indicador reflete o comportamento da inadimplência em âmbito nacional.
 

Argentina agradece a Brasil acesso negado a navio de guerra britânico

O chanceler argentino, Héctor Timerman, saudou esta quarta-feira o gesto do governo brasileiro de impedir o acesso aos seus portos de um navio de guerra britânico que viajava para as ilhas Malvinas.

"Esta medida mostra a nossa relação tão próxima e é parte desta construção que temos feito de aliança estratégia e de irmandade, que não só se demonstra através do comércio, mas através deste reconhecimento da soberania" argentina sobre o arquipélago, disse Timerman à rádio América.

O chanceler qualificou de "ilógico que ainda se discutam situações coloniais" em relação à situação no arquipélago do Atlântico sul, cuja soberania está em disputa com a Grã-Bretanha.

Timerman não deu maiores detalhes sobre o episódio com o navio da Marinha Real britânica.

Em setembro passado ocorreu um episódio similar no Uruguai, cujo governo também negou a entrada a Montevidéu para abastecimento do navio HMS Gloucester D-96, que se encaminhava a fazer patrulha nas ilhas.

Em 2006 a Argentina pediu aos países vizinhos que não facilitassem o uso de portos e aeroportos a navios e aeronaves britânicos com destino às Malvinas.

A situação se intensificou entre Buenos Aires e Londres no ano passado por decisão do Reino Unido de autorizar novas prospecções petroleiras e a realização de exercícios diplomáticos com disparos de mísseis no território em disputa.(France Presse)